"Aos trabalhadores foi exigido, no dia 21, que assinassem as cartas de rescisão de contrato. Há até pessoas com mais de 30 anos de serviço no banco incluídas", revelou Carlos Quarenta, primeiro secretário da Comissão Sindical do BPC.
Em declarações ao Novo Jornal, o responsável considerou que os despedimentos não vão tirar o banco da crise e adiantou que a direcção do BPC não está aberta a negociações.
O sindicalista revelou ainda que os funcionários estão frustrados com a situação e que o sindicato tem tentado acalmá-los. No entanto, o ambiente não é animador: "Em todos os balcões do BPC há funcionários tristes e sem moral para trabalhar em função da decisão", afirmou.
Carlos Quarenta apelou ao BPC para que tente primeiro negociar alternativas aos despedimentos.
Recorde-se que em Julho o BPC anunciou que ia fechar mais de 50 agências, distribuídas por todo o país, no âmbito de um plano de reestruturação. O banco revelou que o encerramento das 53 agências irá mandar para a rua 1600 trabalhadores.