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Indústria mineira vai ter canal específico de abastecimento

A indústria mineira quer criar um canal específico de abastecimento para ultrapassar eventuais constrangimentos decorrentes da instabilidade na distribuição de combustíveis, disse um administrador da Sonangol.

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“Existe um modelo de relacionamento entre BNA (Banco Nacional de Angola), Sonangol e Endiama (Empresa Nacional de Diamantes de Angola) e as outras entidades mineiras, para ser criado um canal específico de fornecimento a estas entidades”, afirmou Joaquim Sousa Fernandes, no primeiro ‘roadshow’ dos concursos para a concessão de direitos mineiros, que teve lugar em Luanda.

Assim, “o fornecimento de combustíveis para o público em geral será diferente do da indústria mineira”, explicou.

O administrador da Sonangol - Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola respondia a algumas dúvidas de potenciais investidores que questionaram os responsáveis sobre os constrangimentos provocados pela instabilidade do abastecimento.

“Temos estado a trabalhar com as instituições no processo de estabilização e fornecimento contínuo e permanente de combustíveis a todo o país”, salientou o responsável da Sonangol, acrescentando que a empresa “está a trabalhar” no sentido de liberalizar a distribuição dos combustíveis (‘downstream’).

A petrolífera que até agora controlava 80 por cento dos postos de distribuição “deixará de ser o principal comprador dos produtos no mercado internacional e não será mais o único fornecedor e distribuidor dos derivados do petróleo”.

Outro factor que contribuirá para a estabilidade será o reforço do armazenamento, nomeadamente a conclusão do projecto do Terminal Oceânico, que vai ser licitado “em alguns dias”, destacou Joaquim Sousa Fernandes.

O Terminal Oceânico da Barra do Dande visa dotar Angola de maior capacidade de armazenagem de combustível em terra, garantir condições para servir melhor o mercado interno e exportar, no caso de haver excedente.

Está ainda a decorrer o processo de construção ou requalificação de várias refinarias. A de Luanda, que foi construída nos anos 60, está a ser ampliada para aumentar a produção de gasolina, prevendo-se que em 2021 esteja preparada para produzir quatro vezes mais.

De raiz vai ser construída a de Cabinda, ainda em fase de planificação, e a do Lobito, que “tem algumas infraestruturas de base já construídas”.

Neste momento decorre o processo de selecção da entidade que irá construir esta refinaria, adiantou o administrador da Sonangol.

Do mesmo plano faz parte a construção de uma outra refinaria, no Soyo, província do Zaire, cujo pré-anúncio foi lançado na Segunda-feira.

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