"Fomos portadores de uma mensagem do Presidente da República, em que se reitera a amizade e saudações pela eleição do Presidente Mnangagwa", disse Bornito de Sousa, à imprensa, à saída da audiência, no Palácio Presidencial, em Harare.
Sobre a presença na tomada de posse de Mnangagwa, que decorreu Domingo na capital zimbabueana, Bornito de Sousa destacou ter-se tratado de "um acto muito positivo" com grande participação popular, bem como o "grande consenso" de todas as forças políticas e sociais, bem como dos partidos da oposição, à volta de Mnangagwa.
No entanto, lamentou a ausência do líder da oposição zimbabueana, Nelson Chamisa, candidato do Movimento para a Mudança Democrática (MDC, na sigla inglesa) derrotado na votação de 30 de Julho passado, considerando a situação apenas como "um acto isolado".
Bornito de Sousa, que está de regresso a Luanda, chegou Sábado a Harare em representação do Presidente na tomada de posse de Mnangagwa, dado, oficialmente, a coincidência de agendas, uma vez que João Lourenço terminou, Quinta-feira última, uma visita oficial à Alemanha.
Durante a visita de três dias ao Zimbabué, o vice-Presidente participou, Domingo, num almoço oficial oferecido por Mnangagwa, e foi recebido Terça-feira de manhã pelo chefe de Estado eleito.
Bornito de Sousa visitou ainda a Casa de Angola, antiga residência do embaixador angolano, bem como embaixada angolana em Harare.
Segundo dados oficiais, 108 angolanos estudam nas Universidades Metodista, Católica e Baptista de Harare. Por outro lado, estima-se que mais de 2000 angolanos residam desde a década de 1930 na província de Bulawayo, a segunda maior do Zimbabué, uma comunidade que ainda conserva a cultura e línguas nacionais.
O candidato da União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF), Emmerson Dambudzo Mnangagwa, de 71 anos, venceu as eleições Presidenciais de 30 de Julho, com 50,8 por cento dos votos, derrotando Nelson Chamisa.