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PR quer criar câmara de comércio com a Alemanha para incentivar investimento

O Presidente disse esta Quarta-feira, em Berlim, que estão a ser criadas “todas as medidas" legais, cambiais e migratórias para “tornar mais atractivas as condições de investimento estrangeiro", tendo sugerido a criação de uma câmara de comércio com a Alemanha.

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João Loureço discursou esta manhã no 7.º Fórum Económico Alemanha-Angola, que se realiza em Berlim, no âmbito da visita oficial de dois dias que está a fazer ao país.

O chefe de Estado disse que a iniciativa representa “uma excelente oportunidade para aprofundar o conhecimento recíproco” e para identificar “interesses comuns num momento que Angola está a viver um processo de abertura e renovação ao exterior”.

Em visita à Alemanha pela primeira vez desde que foi eleito, há precisamente um ano, o PR revelou que estão a ser tomadas “todas as medidas legais, cambiais, migratórias e outras para melhorar o ambiente de negócio e tornar mais atractivas as condições de investimento estrangeiro.”

“De momento, Angola exporta para a Alemanha essencialmente petróleo bruto e seus derivados, e gás natural, importando maquinaria, veículos automóveis, equipamentos e outros. É evidente que existem novas e inúmeras oportunidades de cooperação bilateral por explorar e desenvolver, justificando-se já a criação entre nós de uma câmara de comércio para apoiar os empresários que pretendam investir no mercado angolano e para o fomento de pequenas empresas mistas”, defendeu João Lourenço.

O 7.º Fórum Económico Alemanha-Angola é organizado pela Associação Empresarial Afrika-Verein, pela embaixada de Angola em Berlim e pela Delegação da Economia Alemã em Angola. Cerca de 300 pessoas estão inscritas e 23 empresas estão representadas.

O Presidente sublinhou que “em razão da conjuntura internacional, as condições financeiras do Estado angolano deterioraram-se de modo significativo a partir de 2014. Facto que gerou a dificuldade na liquidação de operações em moeda estrangeira e o consequente aumento de dívidas para com as empresas nacionais e estrangeiras, entre as quais algumas alemãs”.

Contudo, João Lourenço garantiu que “para fazer face a essa situação, o Governo angolano iniciou um processo de validação e certificação das dívidas e as empresas alemãs que a ela aderiram têm visto os seus atrasados a serem regularizados de forma gradual.”

Apesar desses “entraves e limitações”, o presidente de Angola acredita que “estão agora criados as condições para uma economia mais aberta e competitiva”.

“Gostaríamos de ver o investimento alemão na exploração do minério de ferro e na produção do aço. Angola está interessada, no domínio da agricultura e pecuária, em desenvolver a cooperação bilateral na formação de quadros, na produção e mecanização agrícola, na exploração florestal e na investigação agropecuária”, revelou João Lourenço.

Já no domínio dos transportes, o chefe de Estado definiu como meta “negociar um acordo no domínio marítimo”, acrescentando que gostaria de ver realizadas parcerias público-privadas com empresas alemãs “na construção de aut-oestradas com ligação aos países vizinhos, para facilitar e dinamizar o comércio regional.”

O chefe de Estado visita a Alemanha esta Terça e Quarta-feira, depois das deslocações que efectuou à França e à Bélgica, entre Maio e Junho. Da agenda de João Lourenço consta a recepção pelo homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, além de uma reunião de trabalho com Angela Merkel.

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