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Economia

Angola poderá optar mais por financiamento externo multilateral

A modalidade de financiamento multilateral, via Banco Mundial (BM) e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), poderá constituir-se na principal via a que Angola recorrerá no futuro para obter recursos financeiros em melhores condições, disse fonte oficial do Ministério das Finanças.

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(UGD) do Ministério das Finanças, Giovanni Peliganga, a modalidade de financiamento directo é "mais cara" e obriga "a uma gestão de risco com taxas de juros mais afinadas".

Giovanni Peliganga falava durante os trabalhos do seminário "Instrumentos de Financiamento das Instituições Internacionais", que decorre desde quinta-feira em Luanda, salientando que o financiamento multilateral oferece "melhores condições" que os empréstimos directos entre Estados.

Para o responsável da UGD, a modalidade de financiamento comercial (entre Estados e bancos) representou o maior peso na estrutura "stock" da dívida na área do financiamento externo, com 56 por cento entre 2013 e Julho de 2018.

Já o peso do stock da dívida na modalidade multilateral, no mesmo período, representou apenas 4 por cento, abaixo da registada com fornecedores (9 por cento), "eurobonds" (12 por cento) e da bilateral (18 por cento).

"Temos de começar a sair do financiamento comercial via directa com os bancos, com o Commercial Bank BBVA, entre outros, e caminhar para as instituições multilaterais, por oferecem condições melhores do que com os financiamentos directos junto das instituições financeiras", disse o técnico do Ministério das Finanças.

Segundo o "quadro resumo" apresentado por Giovanni Peliganga, o stock da dívida em termos de financiamento comercial externo foi de 5,20 por cento (2013), 8,70 por cento (2014), 8,90 por cento (2015), 20,10 por cento (2016), 22,90 por cento (2018) e 22,69 por cento até Julho de 2018 (dados preliminares), num um total de 56 por cento.

No mesmo período, e referente ao stock da dívida do financiamento multilateral, começou em 0,5 por cento (2013), 1,20 por cento (2014), 1,60 por cento (2015), 2,00 por cento (2016) e 2,10 (2017), tendo-se reduzido para 7,51 por cento até Julho último.

No período em referência, o stock da divida com financiamento bilateral teve um comportamento de 7,70 por cento (2013), 8,00 por cento (2014), 7,90 por cento (2015), 8,00 por cento (2016), 7,90 por cento (2017) e 7,51 por cento até ao mês passado.

Representantes do Banco Mundial, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) e da União Europeia (UE) apresentaram neste encontro os instrumentos financeiros disponíveis para o país.

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