A informação consta de um despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, de 4 de Agosto, a que a Lusa teve acesso esta Terça-feira, no qual o ministro das Finanças, Archer Mangueira, "é autorizado" a "implementar as medidas que possibilitem a conclusão dos trabalhos conducentes à concretização do financiamento externo" de eurobonds.
O Estado estreou-se na emissão de eurobonds em Novembro de 2015, angariando então, no mercado externo, cerca de 1500 milhões de dólares, através de um consórcio de bancos liderado pelo norte-americano Goldman Sachs International e que incluiu ainda o alemão Deutsche Bank e os chineses da ICBC International.
Desta vez, no mesmo despacho, que aprova a "estratégia de emissão de títulos de dívida soberana nos mercados internacionais, sob a forma de eurobonds, com o objectivo de melhorar a composição do stock da dívida externa", o Governo pretende angariar até dois mil milhões de dólares.
O despacho argumenta ainda que "a estratégia de lançamento de eurobonds nos mercados internacionais em 2015 demonstrou um novo e importante canal de acesso ao financiamento externo" e que há "necessidade de se iniciar os trabalhos para averiguar a eventual captação de financiamento externo por meio de obrigações soberanas da República de Angola", nomeadamente para garantir a "prossecução de objectivos económicos e sociais de interesse público indispensáveis ao desenvolvimento nacional".