Em entrevista à Sputnik Brasil, o empresário Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), explicou que os impactos da Operação Carne Fraca foram muito reduzidos nas vendas para a África.
“Dos 74 países que manifestaram dúvidas, inicialmente, sobre a qualidade da carne brasileira, após a divulgação da Operação Carne Fraca, apenas quatro ainda não se mostravam totalmente esclarecidos com as nossas manifestações”, afirmou o responsável.
De acordo com Francisco Turra, Angola foi um desses quatro países e, curiosamente, a crise causada pela operação acabou por ter um efeito contrário junto dos compradores angolanos.
“Se antes Angola demonstrava reservas em relação à carne brasileira, hoje o país africano transformou-se num dos maiores compradores dos nossos produtos. Angola deu-se conta de que não havia, como não há, nenhum problema com a carne brasileira e que nós a tratamos com a maior seriedade. Então, Angola voltou a comprar a carne brasileira e voltou com muito mais força”, destacou o empresário.
O presidente da ABPA garantiu ainda que os países africanos “hoje compram muito mais carne brasileira do que antes da Operação Carne Fraca”.
“Eu diria que 63 por cento dos países de África estão a comprar a carne do Brasil. E a tendência é de que este percentual cresça ainda mais”, conclui.