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Economist: Angola beneficia no imediato mas perde receitas a longo prazo em zona económica

A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que a venda de 53 unidades industriais na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEELB) vai gerar dinheiro a curto prazo e diminuir as despesas, mas afectará as receitas dos arrendamentos de longa duração.

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"A venda vai ajudar as autoridades a gerarem dinheiro a curto prazo, e cortar na manutenção e noutros custos, apesar de as receitas dos arrendamentos a longo prazo serem perdidas", lê-se numa nota divulgada aos investidores pela unidade de análise económica da revista britânica The Economist.

Na análise, a que a Lusa teve acesso, os peritos da Economist manifestam concordância com a privatização das 53 unidades industriais e consideram que a medida "está em linha com a resposta política do Governo à crise do preço do petróleo, que é aproveitar a experiência e o capital do sector privado para ajudar a aumentar a produção não petrolífera e criar mais empregos".

Criada "parcialmente com recurso a linhas de crédito da China", a ZEELB está localizada a 30 quilómetros do centro de Luanda, e era um projecto até agora gerido pelo Estado, através da Sonangol, que envolveu um investimento público de quase 80 milhões de dólares para instalar 73 fábricas e compreende sete reservas industriais, seis reservas agrícolas e oito reservas mineiras, numa área total de 8.300 hectares entre os municípios de Viana, Cacuaco, Icolo e Bengo (Luanda), Dande e Ambriz (Bengo).

"Como tantos outros grandes projectos liderados pelo Governo em Angola, a ZEELB não correspondeu às expectativas; apesar de algumas companhias produtoras se terem estabelecido lá, muitas das 73 unidades continuam vazias ou só parcialmente usadas", escreve a EIU, notando que "a continuada quebra nos preços do petróleo e o efeito que teve no kwanza e no poder de importação, significa que muitas firmas na zona estão a debater-se para conseguirem importar as matérias-primas, e as linhas de produção estão paradas".

 

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