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Economia

Angola corta despesas e regista excedente de 606 milhões de dólares no primeiro semestre

Angola registou um excedente fiscal de 606 milhões de dólares nos primeiros seis meses de 2016, indicam dados do Ministério das Finanças que ainda confirmam a travagem a fundo nas despesas do Estado.

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De acordo com o ministério liderado por Armando Manuel, a "política fiscal prevaleceu restritiva na primeira parte do ano", o que levou a contas com um "superavit (excedente) fiscal global" na ordem dos 0,69 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente a 606 milhões de dólares.

À semelhança do ano 2015, o Ministério das Finanças reconhece que o primeiro semestre de 2016 foi "igualmente caracterizado por um esforço fiscal substancial", sobretudo no arranque do ano, "para apaziguar diversas preocupações com o equilíbrio financeiro das finanças públicas".

Entre as preocupações constaram também a "sustentabilidade da despesa, manutenção das reservas internacionais, e criação de espaço para o aprofundamento das acções de política monetária", tendo em conta "a evolução reprimida do preço do petróleo nos mercados internacionais".

As cativações orçamentais é uma das formas à disposição do Governo para travar a realização de despesa, justificada pela forte quebra nas receitas provenientes da exportação de petróleo, tendo em conta que em Janeiro o barril de crude chegou a descer aos 28 dólares (quase metade do orçamentado pelo Governo).

Os resultados preliminares das contas fiscais, de acordo com o Ministério das Finanças, indicam que a receita total atingiu nos primeiros seis meses do ano os 8,2 mil milhões de dólares, equivalente a 8 por cento do PIB. Já a receita petrolífera manteve-se abaixo do expectável, tendo atingido os 3,5 mil milhões de dólares, correspondendo a 3,4 por cento do PIB.

"A assunção do superavit fiscal na ordem dos 0,7 por cento do PIB é fundamentalmente suportada pelos níveis de execução da despesa de capital, configurando a dinâmica do défice como uma função da absorção dos desembolsos externos", afirma o Ministério das Finanças.

Acrescenta que a quebra nas receitas petrolíferas no primeiro semestre condicionou "amplamente a execução da despesa", com o "propósito de fortalecer o lado fiscal, principal determinante para o enfrentamento da crise actual quer seja em relação à manutenção das despesas públicas básicas ou às expectativas dos agentes em relação à sustentabilidade fiscal".

A despesa total executada no primeiro semestre chegou aos 7,4 mil milhões de dólares, equivalente a 7,3 por cento do PIB. Neste período, a despesa corrente ascendeu a 7,1 mil milhões de dólares e a de capital a 303 milhões de dólares.

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