Há alguns meses que o preço no mercado informal permanece estável entre os 570 (valor da última semana) e os 600 kwanzas, apesar de algumas pontuais flutuações semanais, conforme rondas regulares junto das kinguilas de Luanda, como são conhecidas estas mulheres que se dedicam ao negócio informal de compra e venda de divisas na rua.
A Lusa encontrou Terça-feira quem vendesse a nota de dólar, no bairro do São Paulo, a 590 kwanzas, enquanto as kinguilas do bairro dos Mártires de Kifangondo cobravam 585 kwanzas. Já no bairro do Maculusso, igualmente no centro de Luanda, era hoje possível encontrar quem vendia a nota de dólar a 590 kwanzas, enquanto na Mutamba descia para 580 kwanzas.
Quem vende não apresenta qualquer explicação para estas oscilações, além de assumirem que se mantém a forte procura de dólares, por entre os habituais receios da polícia, já que se trata de um negócio ilegal.
São preços especulativos - mais de três vezes acima a taxa de câmbio oficial -, que, em muitos casos, como para os trabalhadores expatriados, é a única forma de ter acesso a divisas no actual contexto de crise económica, financeira e cambial, decorrente da quebra nas receitas petrolíferas.