Há alguns meses que o preço no mercado informal permanece estável entre os 570 e os 600 kwanzas, apesar de algumas pontuais flutuações semanais, conforme rondas regulares junto das 'kinguilas' de Luanda, como são conhecidas estas mulheres que se dedicam ao negócio informal de compra e venda de divisas na rua.
A Lusa encontrou hoje quem vendesse a nota de dólar, no bairro do São Paulo, a 580 kwanzas, enquanto as 'kinguilas' do bairro dos Mártires de Kifangondo cobravam 575 kwanzas. Já no bairro do Maculusso, igualmente no centro de Luanda, era hoje possível encontrar quem vendia a nota de dólar a 550 kwanzas, enquanto na Mutamba subia para 580 kwanzas.
Quem vende não apresenta qualquer explicação para estas oscilações, além de assumirem que se mantém a forte procura de dólares.
Ainda assim, são preços especulativos, que, em muitos casos, como para os trabalhadores expatriados, é a única forma de ter acesso a divisas no actual contexto de crise económica, financeira e cambial, decorrente da quebra nas receitas petrolíferas.
O Governo português reconhece que apenas em salários de trabalhadores nacionais em Angola estão retidos, por falta de divisas para concretizar essas transferências, cerca de 160 milhões de euros.