De acordo com o documento, o conselho de administração da Sonangol aprovou, antes da entrada em funções, em Junho, de Isabel dos Santos como presidente do conselho de administração, o programa de licitações para as novas concessões a negociar com operadores privados.
Destas licenças para pesquisa de hidrocarbonetos, seis estão localizadas na bacia do Congo (norte), casos dos blocos 08, 46, 47, 48, 49 e 50, e as restantes 12 na bacia do Namibe (sul), com os blocos 11 a 13, 27 a 30 e 41 a 45, indica o mesmo documento.
O Governo aprovou em Fevereiro de 2015 a divisão em 12 blocos da Zona Marítima da Bacia do Namibe, para futuras concessões petrolíferas, segundo despacho executivo do ministro dos Petróleos que a Lusa noticiou na altura.
De acordo com o documento, assinado pelo ministro Botelho de Vasconcelos, a decisão visa "definir e estabelecer a divisão em blocos" daquela zona ‘offshore', permitindo assim "futuras concessões petrolíferas".
Envolve uma área global superior a 68 mil quilómetros quadrados ao largo da província do Namibe, considerada por especialistas como de elevado potencial petrolífero.
A Sonangol anunciou em Novembro de 2015 a fase final do processo de licitação de blocos no onshore, em terra, para pesquisa de petróleo e gás, que segundo a empresa podem representar mais de metade das reservas conhecidas do país, ou seja, pelo menos sete mil milhões de barris.
Em causa estava a exploração de petróleo nas bacias terrestres dos rios Kwanza (sete) e Congo (três), mas o concurso foi afectado pela forte quebra na cotação internacional do barril de crude nos últimos meses.
Segundo a Sonangol, relativamente a este concurso, foi feita a abertura e qualificação das propostas e dos grupos empreiteiros, "faltando apenas a contratualização".
Os últimos dados oficiais da concessionária estatal indicam que o país tem actualmente disponíveis para concessões 34 blocos e outros 18 estão em fase de produção, enquanto cinco foram, entretanto, abandonados.