Os planos passam por começar a produzir em Luanda em 2016, tendo em conta o crescimento das vendas da marca de mobiliário de Paredes no nosso país. Contrariando a crise, a Antarte continua a progredir no nosso território, que já representa a quase totalidade do negócio em África. Assim, a unidade fabril da marca, no Kilamba, que até aqui se dedicava a reparações, deverá arrancar com a produção de móveis já em 2016.
O continente africano é um dos grandes expansores do negócio da Antarte, que conta com uma loja na África do Sul, na fronteira com Moçambique, e com um importante projecto de decoração de interiores para um hotel em São Tomé e Príncipe. No próximo ano, a marca tenciona abrir o seu primeiro espaço em Maputo, Moçambique, tendo em conta a estratégia de internacionalização focada nos países lusófonos. As oportunidades estão em África, a Europa está muito retraída", afirma Zita Rocha, directora comercial e de marketing da Antarte, ao semanário português Expresso. A também proprietária da marca, em conjunto com o marido, refere, no entanto, que Angola é a prioridade estratégica da Antarte.
"Tencionamos abrir mais uma loja própria, mas depende de como as coisas evoluírem. Por enquanto está tudo normal, mas há ameaças de instabilidade política, dificuldades com as transferências, etc. Há perspectivas de negócio muito boas, mas ainda é cedo para avaliar", acrescenta a responsável, que emprega 30 funcionários em Angola.
Em 2014, a marca atingiu um volume de negócios na ordem dos seis milhões de dólares, sendo que estima um crescimento de 10 por cento no final do ano, tendo em conta o aumento da facturação em África. A Antarte afirma-se pela exclusividade das linhas, a personalização total dos produtos, o arrojo no design e a qualidade dos materiais. Desenvolvida em Portugal está presente em África mas também na Europa (França, Suíça, Espanha e Alemanha), e nos Estados Unidos da América, em pontos de venda multimarca.
