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Angola pede financiamento para resolver problema das alterações climáticas

A ministra do Ambiente disse, esta segunda-feira em Luanda, que Angola continua a honrar os compromissos assumidos com a Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, mas precisa de financiamento para adaptar e resolver os fenómenos.

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Fátima Jardim que discursava na abertura da Conferência Nacional sobre Alterações Climáticas, sublinhou que o Governo integrou na sua agenda de prioridades a componente das alterações climáticas, tendo adoptado várias estratégias e acções concretas.

O Projecto de Promoção do Carvão Sustentável, a Estratégia de Energias Renováveis, a Protecção das Florestas e a Educação e Consciencialização Ambiental são algumas das acções em curso para enfrentar os fenómenos das alterações climáticas imprevisíveis.

Segundo Fátima Jardim, além desses esforços, o Executivo elaborou como compromisso de ratificação da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, a sua Primeira Comunicação Nacional e está a trabalhar na Segunda Comunicação Nacional.

O projecto da Segunda Comunicação Nacional sublinha que em Angola já se faz sentir uma série de acontecimentos extremos, que têm resultado em perdas económicas consideráveis. "Em Angola, os riscos com as alterações climáticas já dizimaram vidas e inúmeros problemas sociais, contribuindo negativamente para a vida das populações", lembrou Fátima Jardim no seu discurso.

A destruição de infra-estruturas, de equipamentos sociais, a perda de vidas humanas e os assentamentos humanos são alguns dos males que o nosso país tem vindo a verificar nos últimos anos, aponta o documento.

A seca no sul do país, o aumento da variabilidade climática em algumas localidades e as inundações são outros sinais das consequências das alterações climáticas.

O documento frisa que ainda não existe informação suficiente sobre os possíveis impactos das alterações climáticas em território nacional, quer a nível nacional ou sub-nacional, e aponta que é necessário em cada área ter-se um conhecimento dos sistemas afectados pelas alterações climáticas e dos seus pontos fracos.

"Actualmente, não existem conhecimentos suficientes nem dados científicos que possam avaliar com segurança a amplitude específica de impactos esperados nas águas, nos sistemas naturais, nos solos, nas florestas ou nas zonas costeiras", adianta o documento.

Além disso, frisa ainda a comunicação, não existem também dados suficientes nem capacidade técnica disponível sobre a monitorização climática que torne possível emitir previsões legítimas e estimativas atempadas, alertas rápidos, para não falar de previsões a longo prazo.

A Comunicação Nacional é um documento que os países ao aderirem à Convenção devem elaborar, resumindo o estado de emissões por fonte e por sector, bem como as medidas e as políticas governamentais para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa.

A realização desta conferência visou produzir ideias e contribuições para enriquecer a posição de Angola na conferência que se realiza em Dezembro próximo em Paris, França, sobre as alterações climáticas, bem como contribuir para as negociações e adopção do Novo Acordo Global para o Clima.

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