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Príncipe Harry segue pisadas da mãe e caminha em campo de minas em Angola

O príncipe britânico Harry caminhou num campo de minas terrestres em Angola, seguindo os passos da mãe, Diana de Gales, há 28 anos, para promover o trabalho de desminagem da organização HALO Trust.

: Facebook The HALO Trust
Facebook The HALO Trust  

O Duque de Sussex vestiu um colecte à prova de bala e caminhou na Quarta-feira por um campo minado perto de uma aldeia em Cuito Cuanavale, no sul de Angola, de acordo com o grupo não governamental britânico.

A HALO Trust é a mesma organização com o qual a Princesa Diana trabalhou quando percorreu um antigo campo de minas em Huambo em Janeiro de 1997, sete meses antes de morrer, num acidente de viação em Paris.

Angola tem ainda milhares de campos minados, vestígios do longo conflito armado que terminou em 2002, e que continuam a representar uma ameaça directa à vida das populações e um entrave ao desenvolvimento.

A HALO Trust, que opera em Angola desde 1994, afirma que pelo menos 60.000 pessoas foram mortas ou feridas por minas terrestres desde 2008.

A organização diz ter localizado e removido mais de 120.000 minas e 100.000 outros dispositivos explosivos em Angola, país que considera como um parceiro estratégico.

Apesar dos progressos, ainda existem aproximadamente 975 campos minados em Angola, 192 dos quais situam-se ao longo do estratégico Corredor do Lobito.

Esta não é a primeira vez que o príncipe Harry, do Reino Unido, visita Angola.

Em 2019, o Duque de Sussex esteve no antigo campo de minas terrestres no Huambo visitado há 22 anos pela mãe, Diana de Gales.

Em 2013, Harry esteve no país e mostrou-se irritado com alguns países que falharam nas operações de desminagem em África.

Na Terça-feira, o Presidente da República, João Lourenço, recebeu o Duque de Sussex, com o objectivo de reforçar as acções de desminagem da HALO Trust, a quem manifestou intenção de financiar as operações por mais três anos.

O anúncio foi feito pelo director executivo da organização, James Cowan, que comunicou o novo compromisso de Angola com o financiamento das operações por mais três anos.

Em Junho, Angola anunciou que vai pedir em Dezembro, pela terceira vez, por mais cinco anos, a prorrogação do prazo para se livrar de minas antipessoal, como obriga o artigo 5.º da Convenção de Otava.

O director-geral da Agência Nacional de Acção contra Minas, brigadeiro Leonardo Sapalo, observou que as províncias de Luanda, Icolo e Bengo, Benguela, Huambo, Zaire, Namibe, Cuanza Norte, Uíge e Malanje têm contaminação reduzida, e estão perto de serem declaradas livres de minas.

João Lourenço quer o país livre de minas até 2027 e anunciou em Outubro que vão ser investidos nos próximos dois anos 240 milhões de dólares no programa de desminagem.

Na Terça-feira, o Parlamento da Ucrânia aprovou a saída do país da Convenção de Otava, seguindo os passos da Polónia, Finlândia e países bálticos, face à ameaça da Rússia, que não faz parte do tratado sobre minas antipessoais.

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