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Economia cresceu 4,4 por cento em 2024. Sectores não petrolíferos contribuem cada vez mais

O ministro de Estado para a Coordenação Económica destacou o crescimento de 4,4 por cento da economia de Angola, em 2024, com contributos crescentes de sectores não petrolíferos, admitindo que há ainda desafios “exigentes” na diversificação da economia.

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José de Lima Massano discursava na abertura da 40.ª Feira Internacional de Angola (Filda), que decorre até Domingo na província de Icolo e Bengo, e conta com 2194 participações diretas e indiretas e a presença de 18 países, entre os quais Portugal, com 15 empresas a exporem os seus produtos.

Segundo o ministro, os estímulos à economia nacional e às reformas estruturais em curso "começam a produzir resultado animadores", frisando que é notável o crescimento e a influência nos últimos anos dos sectores não petrolíferos no Produto Interno Bruto (PIB).

“A agricultura, por exemplo, representa hoje cerca de 19 por cento do PIB, quando, em 2017, era de apenas 13 por cento e tem crescido a taxas médias anuais de 6 por cento. A indústria transformadora retomou, em 2024, o crescimento, com cerca de 2,84 por cento e o seu peso na estrutura do PIB é já de 7,59 por cento, com a componente do processamento alimentar a representar cerca de 33 por cento da actividade deste sector transformador”, referiu.

O governante destacou que apesar deste desempenho da economia em 2024, e mesmo com o crescimento positivo que o país voltou a registar no primeiro trimestre de 2025, de cerca de 3,5 por cento, é preciso “reconhecer que os desafios da diversificação económica ainda são complexos e exigentes”.

“Permanecendo necessário o percurso de correções e reformas para a superação das vulnerabilidades e para que o crescimento económico seja consistente e os ganhos sociais abrangentes e duradouros, por isso precisamos da compreensão de todos e o contínuo engajamento dos cidadãos e das empresas”, apelou José de Lima Massano.

O ministro sublinhou que os participantes e visitantes da Filda, líderes empresariais, têm o poder não apenas para fazer crescer as suas próprias empresas e negócios, mas também para, em conjunto, moldar o futuro da economia e da comunidade.

“Nesta oportunidade, gostaria de deixar um apelo às empresas que operam em Angola: conheçam-se melhor, identifiquem as vossas necessidades de insumos e serviços e partilhem essa informação sem receios e sempre que possível estabeleçam acordos de fornecimento a prazo, para transmitir segurança aos parceiros de negócio”, disse José de Lima Massano.

O ministro exortou também as empresas a publicarem os seus relatórios e contas “para conferirem confiança aos investidores, financiadores e trabalhadores”.

“Mostrar o que se faz bem em Angola não é apenas uma questão de marketing, é um passo estratégico, para estimular o consumo interno, para atrair parcerias, fomentar o desenvolvimento e a integração económica”, sublinhou.

O executivo angolano vai continuar a adoptar políticas públicas consistentes, que concorram para a estabilidade macroeconómica, que facilitem a organização e acesso aos mercados e que estimulem o financiamento e o investimento produtivo, garantiu o ministro.

Quanto ao suporte empresarial, o ministro destacou o reforço recente do capital do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), com o apoio do Banco Mundial (BM), assim como o lançamento pelo FADA do “Transforma Aqui” um produto para apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias indústrias, em zonas rurais.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica anunciou ainda para este mês o início da eliminação de burocracia nos procedimentos de exportação, “tornando menos oneroso e mais fluído o comércio externo”, no âmbito da melhoria do ambiente de negócios.

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