A responsável apontou as semelhanças entre todos os países da região, que os tornam vulneráveis aos efeitos negativos das alterações climáticas. Desta forma, anunciou as intenções do Executivo angolano em adaptar um conjunto de prioridades integradas nos programas e estratégias de desenvolvimento sustentável alinhados pelas Nações Unidas.
Destacou a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas, que inclui um pilar dedicado à pesquisa e observação sistémica, visando expandir a capacidade técnica, científica e institucional do país, promovendo a monitorização do sistema climático nacional.
A ministra referiu ainda que Angola identificou iniciativas prioritárias e definiu metas, entre as quais a expansão e harmonização da rede de estações de observação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, com a instalação de 45 novas unidades de observação até 2035.
Referiu ainda que outra das iniciativas passa por caracterizar o clima actual do país e avaliar de forma contínua a variabilidade e tendências de temperatura, precipitação e eventos extremos climáticos.
Serão também gerados cenários climáticos futuros para o país, baseados em modelos climáticos globais, sendo estabelecida uma metodologia nacional para avaliação de vulnerabilidades climáticas, alargando a cobertura do país com sistemas de alerta precoce.
Ana Paula de Carvalho falou no painel sobre “Diálogo de Política Ministerial, a importância na relação entre a inteligência artificial e acção climática”.
A Sessão Ordinária da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente é organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente.
“Os participantes estão optimistas na criação de uma plataforma para reforçar o envolvimento colectivo de África na agenda ambiental global”, refere um comunicado do ministério do Ambiente a que o VerAngola teve acesso.