Segundo o porta-voz da Polícia Nacional de Angola, Mateus Rodrigues, o último caso foi registado no início deste mês, resultando na detenção de dois cidadãos da Nigéria e outro do Gana, quando tentavam colocar em marcha o navio petroleiro, de bandeira angolana, sem o conhecimento das autoridades nacionais.
“Como nós temos um sistema de vigilância que nos permite ver quem está a mexer nos navios ao nível da costa, detectámos essa movimentação”, referiu o subcomissário Mateus Rodrigues.
O director adjunto de Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional frisou que, neste caso, foi detectada uma movimentação, no dia 1 de Julho, que levou a uma intervenção de uma equipa composta pela capitania do Porto de Luanda e da Polícia Fiscal, que notaram a “presença desses três indivíduos estranhos”.
Um deles é engenheiro mecânico, outro engenheiro electrónico e outro o capitão do navio, salientou.
O navio de bandeira angolana encontrava-se atracado na baía de Luanda, na zona de Sarico, município de Cacuaco.
“Eles entraram para o país com visto de turismo e dirigiram-se a esse navio para fazer essa actividade profissional. Há um conjunto de infracções que levaram à detenção dos mesmos”, explicou Mateus Rodrigues, acrescentando que “outros pormenores com mais profundidade só com o SIC [Serviço de Investigação Criminal] ou o grupo operativo multissectorial de vigilância ou fiscalização marítima”.
O porta-voz da Polícia realçou que qualquer procedimento, tendo em conta que são navios de bandeira nacional e estão ancorados na costa angolana, deve ter autorização das autoridades, mas “eles entram nos navios sorrateiramente”.
A Lusa tentou ouvir o SIC, que não adiantou mais informações sobre o assunto.