"Foi bom porque 124 anos de existência do Hospital Geral de Benguela, pela primeira vez, faz-se uma cirurgia de prótese parcial da anca a uma jovem de 42 anos (...) é de louvar", disse o director do referido hospital, Divane Marcolino.
A cirurgia foi feita no passado Sábado, a uma paciente de 42 anos que sofria de uma fractura subcapital do fémur com mais de três meses de progressão.
Segundo a Angop, a operação durou meia hora e foi realizada com sucesso, pela primeira vez, pela equipa de ortopedia do HGB em colaboração com a RF Medical Angola, tendo estado mais de 14 membros da equipa de ortopedia do hospital de Benguela e outros médicos da RF Medical envolvidos nesta operação.
Relativamente ao estado da paciente, segundo os médicos, está clinicamente estável numa enfermaria do referido hospital.
O director do hospital, em declarações à Angop, mostrou orgulho com este feito e relembrou que antes a paciente precisaria de ser transferida para o estrangeiro ou para uma unidade hospitalar de referência na capital.
No entanto, disse que, actualmente, o domínio público de saúde não se encontra a realizar esta cirurgia em Luanda, excepto na província de Cabinda, na qual a operação de prótese também é feita.
Reconhecendo que o HGB está em crescimento e a consolidar a sua posição como uma referência em termos de cirurgias complexas no país, o responsável assegurou que, em breve, começará um projecto de operações ortopédicas para colocação de próteses parciais da anca, priorizando os pacientes idosos, ou seja, pessoas com mais de 60 anos.
A seu ver, as pessoas com mais de 60 anos podem beneficiar destas próteses parciais, que podem aumentar a sua qualidade de vida por mais cinco ou dez anos.
Além disso, adiantou que o HGB vai igualmente começar a realizar, de forma gradual, cirurgias com próteses totais gradualmente em outros pacientes mais jovens, ou seja em idade activa.
"A ideia é irmos inserindo próteses totais aos mais jovens, porque são grupos ainda produtivos para ajudar no desenvolvimento socioeconómico do país", apontou o responsável que, citado pela Angop, disse que como este tipo de próteses têm maior durabilidade, se fundamenta a opção desta população em idade produtiva relativamente ao investimento a ser concretizado neste campo.