João Lourenço fez o anúncio em conferência de imprensa, após um encontro com Ramos-Horta, no Palácio Presidencial em Luanda, e a assinatura de três instrumentos jurídicos.
O Presidente assinalou o objectivo de "explorar os caminhos de cooperação em benefício dos dois países e dos dois povos" e destacou que esta é a segunda visita de Estado de José Ramos-Horta a Angola, sem que algum chefe de Estado angolano tenha visitado Timor-Leste.
"Nós vamos corrigir esta situação, nas relações internacionais o princípio da reciprocidade deve prevalecer", sublinhou, afirmando que acaba de aceitar o convite de Ramos-Horta para visita Timor-Leste o que vai acontecer "nas datas em que as diplomacias acordarem".
Disse também que entre os vários membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Angola não tinha representação diplomática apenas em Timor-Leste, situação que já está "corrigida".
"Já abrimos embaixada em Díli, é sinal de que corrigimos a lacuna com o objectivo de incrementar as relações entre os nossos dois países", salientou João Lourenço, expressando vontade de "pôr a trabalhar a comissão mista bilateral", uma ferramenta importante para que as coisas aconteçam daqui para a frente.
Acrescentou, por outro lado, que o potencial de cooperação entre os dois países "não tem limites".
"Temos é de saber, sentir onde esse potencial existe e procurar tirar melhor proveito dele".