Segundo Moisés Segunda, director técnico da fazenda – instalada num perímetro de 300 mil metros quadrados –, a nave das 12 mil aves encontra-se apetrechada com tecnologias e equipamentos modernos que facilitam a alimentação dos animais, bem como possibilitam recolher automaticamente os ovos e as fezes, que são reutilizadas para adubo orgânico, dado que a fazenda se preocupa com a sustentabilidade ambiental.
No entanto, a empresa não quer ficar por aqui e pretende implementar mais três naves no sentido de ampliar a sua capacidade de produção anual para até 22 milhões de ovos.
Em termos de criação de animais, citado pela Angop, o responsável adiantou que, enquadrado numa segunda etapa da iniciativa, também fazem parte dos planos a produção de cerca de 70 mil galinhas rijas e 107 mil frangos.
Actualmente, a fazenda conta com quatro naves de recria e engorda de frangos. No entanto, adiantou, a meta passa pela implementação de mais três naves com mais capacidade para produção de frangos num período de 45 a 60 dias.
Mas a estratégia da fazenda é ambiciosa, estando em construção um matadouro, que vai contar com câmaras frigoríficas e será capaz de fazer o abate diário de até 5000 aves.
Contudo, a produção de aves e ovos não é a única actividade desta fazenda. Citado pela Angop, o responsável informou que a infra-estrutura também tem apostado na suinicultura, cujo objectivo passa por alcançar mais de 5000 quilogramas de carne de porco e aproximadamente 3000 quilogramas de carne caprina, sendo que, para a produção desta última carne, a infra-estrutura conta com uma nave com aproximadamente 400 cabras geneticamente aprimoradas.
Com esse objectivo, segundo Moisés Segunda, prevê-se que o pavilhão actual seja alvo de um alargamento e reequipamento, tendo em vista o manuseamento de duas centenas de matrizes suínas e a engorda de mais de 5700 leitões anualmente.
Além da carne, a fazenda também se tem dedicado à produção agrícola, com destaque para a banana. Segundo o director, a fazenda quer produzir anualmente 210 toneladas deste fruto, tendo já seis hectares, dos 30 cultiváveis neste momento, dedicados à produção de banana, bem como possui ainda quatro hectares e meio dedicados ao cultivo de maracujás, estimando-se que sejam produzidos por ano mais de 60 toneladas desta fruta.
A fazenda emprega 120 funcionários e contempla ainda uma fábrica de ração (capaz de produzir uma tonelada e meia de ração/hora) e ainda uma residência para os técnicos.
Segundo a Angop, este projecto agrícola já chegou aos 'ouvidos' de António Francisco de Assis, ministro da Agricultura e Florestas, que expressou contentamento ao ver o projecto em consonância com a meta do Governo de incrementar a produção do país.
