Na visita – que também contou com a presença da direcção do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), encabeçada pelo seu presidente, Isaías Kalunga –, o director-geral do INH transmitiu a mensagem de que as habitações no KK 5800 ainda não estão a ser comercializadas.
Citado num comunicado do CNJ, a que o VerAngola teve acesso, o responsável adiantou que a "fase de comercialização será após a sua conclusão prevista apenas para 2026".
Assim, alertou que os que "estiverem a fazer listas e a receberem dinheiro prometendo casas a outrem é claramente uma tentativa de burla".
Além deste aviso, António Silva Neto explicou ainda que para esta nova etapa, em que estão previstas 10.800 casas, foi delineado um programa para recuperação baseado no modelo de permuta devido à falta de fundos públicos disponíveis para tal, escreve a Angop.
Na ocasião, avançou que, até agora, aproximadamente 265 apartamentos e 174 vivendas foram reabilitados neste modelo.
Segundo o responsável, a ideia passou pela atracção de parceiros "com capacidades técnico-financeiras" para o sucesso do programa: "A ideia foi atrair parceiros com capacidades técnico-financeiras para o êxito do programa e, com isso, fixar quota para a construtora e para o Governo".
Depois de concluído, informou que vão ter um modelo de comprar através de crédito bancário, no âmbito de um instrumento do Banco Nacional de Angola.
"Os candidatos passarão primeiramente por uma validação do processo pelo INH e vão receber uma carta conforto para negociar com o seu banco, onde 70 por cento do valor cedido servirá para recuperação da casa, 25 por cento para o custo da infra-estrutura interna e os restantes cinco por cento para a Conta Única do Tesouro", explicou, citado pela Angop.
Informou igualmente que até 2026, o instituto tenciona ter todas as ruas do projecto devidamente pavimentadas, estando a decorrer os trabalhos para melhorar o sistema de esgotos.
"A meta é que a urbanização conte, no futuro, com serviços diferenciados, de modo a dar mais comodidade aos moradores", adiantou, citado pelo Jornal de Angola.
Já Isaías Kalunga disse defender a taxa de 20 por cento da quota dos projectos habitacionais estatais orientados à juventude, acrescentando que os beneficiários através do CNJ serão submetidos a um novo processo de selecção junto das suas empresas, no sentido de colocar um travão nas frequentes fugidas aos pagamentos das propriedades, escreve a Angop.
Na ocasião, aproveitou para lamentar que cerca de 80 por cento dos beneficiários não paguem as mensalidades, apontando que, juntamente com o instituto, irão utilizar todos os recursos para consciencializar os moradores, antes de o Estado tomar medidas legais.
Segundo o comunicado do CNJ, a visita teve lugar no passado Sábado, tendo a comitiva visitado a centralidade do KK 5800, onde "em visita guiada tomaram nota do andamento das obras dos apartamentos assim como das mais de 200 vivendas já construídas".
Depois seguiram para a urbanização Zango Zero, no Vida Pacífica, "tendo-se promovido um encontro com os presidentes das comissões de moradores dos edifícios afectos aos líderes juvenis, com objectivo de se apelar a que os mesmos criem programas de sensibilização para que os moradores dos 10 respectivos edifícios paguem as prestações ao estado, em obediência às questões contratuais", lê-se na nota.