Rui Gourgel falava aos jornalistas em Luanda à margem da assinatura do acordo para a interligação eléctrica de Angola, Zâmbia e República Democrática do Congo (RDCongo), para permitir exportar a energia excedentária.
O responsável adiantou que "nos últimos dois a três anos, os custos em que a RNT incorreu [com o vandalismo] andam acima dos seis milhões de dólares" e salientou que o recém-criado cargo de secretário de Estado para a Protecção dos Objectivos Estratégicos tem também esta missão.
"Já temos as forças armadas, a polícia, a proteger os nossos activos, tanto as subestações como as linhas [de transporte de electricidade] e desde que este processo começou a vandalização diminuiu", frisou, acrescentando que o Governo quer reforçar as medidas de segurança.
"Acreditamos que a médio, longo prazo essas acções serão eliminadas", reforçou.
A vandalização de postes de electricidade e o furto de equipamentos de infra-estruturas eléctricas, transportes e saneamento, entre outras, tem estado na ordem do dia devido aos prejuízos avultados e riscos para a segurança pública, e as autoridades angolanas querem penas mais duras para punir os infractores.
No mês passado, a Assembleia Nacional aprovou a Proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, com penas que vão dos três aos 25 anos para os prevaricadores.
A RNT está composta por três sistemas independentes – Norte, Centro e Sul –, repartidos em cinco níveis de tensão, com 31 linhas de transporte numa extensão de 2628 quilómetros um parque eléctrico formado por 20 subestações.