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Presidente da CCIPA realça investimento em “pilares estratégicos” para o crescimento sustentado de Angola

João Luís Traça, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA), considerou que os sectores do turismo, agricultura, educação e infra-estruturas “representam pilares fundamentais para o crescimento sustentado de Angola”, destacando que o Governo ao investir nesses “pilares estratégicos” se encontra a “criar as condições necessárias para um crescimento económico sustentado, a geração de emprego, a diversificação da economia e a melhoria da qualidade de vida da população”.

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As declarações do responsável foram proferidas esta Terça-feira, no VII Encontro Empresarial Portugal-Angola, promovido pela CCIPA e que teve como objectivos "promover a aproximação com empresários de alto nível de Portugal e Angola, criar novas parcerias e joint ventures, explorar oportunidades de investimento e negócios nos dois países e aprofundar o conhecimento sobre o mercado angolano e as suas potencialidades".

Segundo o presidente da CCIPA, o turismo, agricultura, educação e as infra-estruturas assumem-se como os quatro sectores que "representam pilares fundamentais para o crescimento sustentado de Angola", sendo que "ao investir nestes pilares estratégicos, o país está a criar as condições necessárias para um crescimento económico sustentado, a geração de emprego, a diversificação da economia e a melhoria da qualidade de vida da população".

Na ocasião, disse acreditar que os "bons negócios e as relações sólidas nascem da confiança".

"Acreditamos que os bons negócios e as relações sólidas nascem da confiança. Por isso, neste encontro, procurámos criar um ambiente propício a um maior conhecimento e interacção entre profissionais de diferentes áreas, construindo ainda mais pontes entre Angola e Portugal", afirmou.

"Na CCIPA, enquanto catalisadores de oportunidades, actuamos em diversas frentes para fortalecer as relações empresariais entre os dois países, tendo este evento sido mais um passo nessa direcção", acrescentou, citado na nota.

João Luís Traça assegurou ainda que, embora durante os mais de 35 anos da câmara de comércio, as "economias angolana e portuguesa tenham atravessado diferentes ciclos, as relações empresariais e comerciais entre os dois países sempre foram sólidas e multifacetadas".

"Os desafios sentidos hoje pelas empresas angolanas e portuguesas não se devem às relações entre elas, mas sim ao actual ciclo económico da economia angolana. Nos últimos anos, esta economia tem registado um crescimento modesto, o que tem impacto na economia em geral, não só ao nível cambial e orçamental, mas também no que toca às oportunidades para colaboração empresarial. Não obstante, apesar dos desafios conjunturais, melhores tempos certamente virão", afirmou.

Relativamente ao início de um novo ciclo político em Portugal, disse acreditar que "poderá ser uma oportunidade para melhorar o que já está bem, impondo-se a criação de mais condições para as empresas portuguesas investirem nos sectores em que se estima que a economia angolana registe um maior crescimento nos próximos anos".

Na ocasião, aproveitou ainda para lembrar que, desde que foi fundada, a missão da CCIPA tem sido "estimular as relações comerciais entre empresas portuguesas e angolanas", tendo reiterado a vontade e o compromisso de juntos construírem "um futuro ainda mais próspero para Angola e Portugal".

Além do presidente da CCIPA, também participou no evento o embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, que, na ocasião, realçou as relações comerciais e empresarias entre os dois países.

"Temos muitas empresas luso-angolanas, mais de 1250 empresas portuguesas, as nossas trocas comerciais estão bem acima dos dois mil milhões de euros, e somos o segundo maior fornecedor. Também investimos e temos uma importante ferramenta, a linha de financiamento, que importa diversificar. Ir além das obras públicas e apostar na agricultura, turismo e formação técnico-profissional", disse, tendo ainda destacado a "importância da formação do capital humano pelo sector privado".

O diplomata também reconheceu que "este tem sido um ano desafiante".

"Estamos conscientes das dificuldades que os empresários têm enfrentado. O Governo português está informado e sabemos os desafios que temos tido, como a instabilidade cambial, o difícil acesso a divisas. Mas estamos cá para vos ajudar a ultrapassar esses desafios. Angola é uma aposta que vale a pena. As relações entre Portugal e Angola são fundamentais e o trabalho das empresas portuguesas e luso-angolanas é muito importante", afirmou, citado na nota.

Já o director do Gabinete Jurídico e Intercâmbio do Ministério da Indústria e Comércio, Anatólio Domingos, apontou que "os números não reflectem os laços empresariais entre os dois povos, nem a intenção de investimento que existe".

"Portugal tem soluções de financiamento e nós temos mercado e a possibilidade de decisão dessas soluções de financiamento", acrescentou.

O responsável também salientou a "importância da criação de oportunidades de networking e contacto entre os empresários portugueses e angolanos, enaltecendo a promoção do Encontro Empresarial Portugal-Angola", lê-se no comunicado.

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