De acordo com uma breve nota da Presidência da República, a que o VerAngola teve acesso, a cerimónia de inauguração teve lugar na manhã desta Quarta-feira.
"Na manhã desta Quarta-feira, o Presidente da República, João Lourenço, inaugurou a Escola 42 de Luanda, uma plataforma para formação avançada em programação e codificação cuja matriz é francesa e dispõe de núcleos em dezenas de países ao redor do mundo", lê-se na nota.
A referida escola "acaba de ser implantada" no país "na sequência de diligências da Área de Quadros da Presidência da República junto dos promotores da ideia original, em França, e tem sustentação financeira assegurada pela Sonangol", refere ainda o comunicado.
Prevê-se que anualmente a referida escola forme mais de 100 "experts em computação". "Está previsto que todos os anos a Escola 42 de Luanda forme 150 experts em computação, que estarão em condições de competir com os melhores dessa área do conhecimento tecnológico ao nível do mundo", indica ainda a nota.
Na ocasião, o chefe de Estado – que se fez acompanhar, entre outras entidades, da primeira-dama da República – visitou algumas zonas da escola e foi informado acerca de como funciona.
De acordo com a Angop, o estabelecimento de ensino, em funcionamento no Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Comunicação (ISPTEC), em Talatona, possui aproximadamente 300 computadores.
Aqui a aprendizagem é feita de uma forma menos convencional: não existem professores, manuais, aulas nem horários definidos, não é necessário ter conhecimentos de programação nem nenhum grau académico. Segundo a Angop, os estudantes aprendem ao desenvolver projectos, que os possibilitam somar pontos e transpor de nível.
Depois de reter as bases, cada estudante tem a liberdade para traçar o seu próprio caminho, seleccionando os projectos que o ajudam a saber mais nos campos que lhe suscitam mais interesse. O programa escolar, segundo a Angop, compreende 21 níveis de aprendizagem, encontrando-se à disposição ramos em computação gráfica, IA, desenvolvimento web e móvel, administração de redes e cibersegurança.
A escola, aberta durante todo o ano, é totalmente gratuita, assim como inclusiva, sendo que só se exige que os alunos tenham, no mínimo, 17 anos, escreve a Angop, que acrescenta que a selecção dos candidatos é feita através de um instrumento automático.
Refira-se ainda que este estabelecimento de ensino torna Angola no primeiro país na África subsariana a acolher esta iniciativa, que nasceu em Paris em 2013. Esta rede de escolas, denominada como 'A42', soma mais de 18 mil estudantes divididos por 50 escolas distribuídas pelo mundo, escreve a Angop.
