Fazendo um balanço dos "grandes números registados" pelo programa, desde 2019 a 2022, o secretário de Estado – citado num comunicado do Ministério da Economia e Planeamento, a que o VerAngola teve acesso – salientou que no referido período "foram realizadas 207 feiras, que promovem o acesso ao mercado, foram aprovados 4795 projectos por um valor aproximado de 1,4 biliões de kwanzas, dos quais foram desembolsados mais de um bilião de kwanzas referentes a 3950 projectos".
O responsável indicou que o sector da agricultura e pecuária é o que mais se destaca entre o total de projectos aprovados: "Dos 4795 projectos aprovados, 3343 estão concentrados no sector da agricultura e pecuária, com o comércio a se posicionar em segundo lugar, com 732 projectos, seguido pelo sector da indústria de transformação, com 503 projectos, sendo os restantes projectos subdivididos nos mais variados sectores", disse.
Em termos de empregos, no período em referência, "estima-se terem sido criados cerca de 75 mil postos de trabalho", refere ainda a nota.
Relativamente ao Portal da Divulgação da Produção Nacional, Ivan dos Santos fez saber que "a meta dos 40 mil produtores nacionais a registar" no portal até ao ano passado, "foi largamente ultrapassada, uma vez que estão cadastrados 105 mil produtores".
"De salientar que dos 1514 créditos às empresas programados pelo Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, foi possível realizar um total de 3331 créditos, ao abrigo dos instrumentos financeiros do Prodesi, representando assim um grau de realização superior a 200 por cento. Situação análoga se verifica nos créditos às cooperativas, onde foi possível realizar 1015 créditos, número superior aos 470 previstos pelo PDN, também com um grau de realização superior aos 200 por cento. Para 2023, o grau de realização para as empresas e cooperativas já se encontra acima dos 70 por cento", lê-se ainda no comunicado.
Entre os instrumentos financeiros, além do PAC – responsável pelo maior número de créditos desembolsados (1439) – salientam-se igualmente "o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário, com 1340, o Aviso 10 do BNA, com 643, o Alívio Económico, com 518 e a linha do Deutsche Bank, com dois créditos já desembolsados", indica a nota, que acrescenta que dos 4795 projectos aprovados "faltam apenas 845 créditos por desembolsar".
De acordo com a nota da tutela, o impacto do Prodesi "já se fez sentir na última campanha agrícola". Comparando os números da campanha de 2018/2019 com a de 2021/2022 registou-se um aumento de "9,83 por cento a nível dos cereais, 16,05 por cento raízes e tubérculos, 8,14 por cento leguminosas, a nível das fruteiras o aumento foi de 14,39 por cento e das hortícolas o crescimento foi de 1,91", segundo o secretário de Estado, que citava o relatório do Ministério da Agricultura e Pecuária.
"Os números ainda não satisfazem, mas encorajam, pois, revelam que o Executivo está no caminho certo. O que falta agora é aumentar a escala de produção de bens alimentares como frango, óleos de soja e de palma, arroz, milho, trigo e algodão, para responder à demanda do mercado nacional", disse Ivan dos Santos, citado no comunicado.
