Contudo, segundo o presidente da câmara, o investimento encontra-se ainda abaixo do pretendido, assumindo-se num desafio da instituição, com ajuda do Governo, fortalecer as parcerias em novos campos de investimento, escreve o Jornal de Angola.
Conforme o responsável, o domínio mineiro domina o investimento australiano, sendo que a estratégia passa pela união de ambos os países para diversificar os domínios com carácter preferencial.
Na ocasião, Divaldo dos Santos disse igualmente que depois de uma audiência com a embaixadora australiana, que teve lugar no presente mês, se combinou para Outubro uma visita de uma comitiva de empresários a Angola, visando acordar o que vai ser o investimento da Austrália em Angola noutros domínios, escreve o Jornal de Angola.
Considerou igualmente que ter uma embaixada no país "seria uma mais-valia". "Ter a Embaixada aqui seria uma mais-valia, para que os empresários pudessem circular à vontade sem nenhum tipo de barreira", afirmou, citado pelo Jornal de Angola.
Três dezenas de empresas são controladas pela câmara, destacando-se o domínio mineiro. No entanto, adiantou o responsável, a Austrália tem os olhos postos na agricultura, transportes, aviação e saúde em Angola.
Divaldo dos Santos falava no âmbito da 1.ª Conferência Anual da Câmara de Comércio e Indústria Angola-Austrália, que teve lugar nesta Terça-feira, em Luanda, sob o lema "Os desafios de conectar as empresas da região com o ecossistema de negócios australiano".
Já o secretário de Estado do Comércio, Amadeu Nunes, responsável pela abertura da conferência, salientou a "importância das câmaras de comércio como uma ferramenta dos tempos modernos, para o reforço dos laços económicos e comerciais entre os países", segundo refere um comunicado da Endiama, a que o VerAngola teve acesso.
Na sua intervenção, o responsável informou que o intuito da câmara passa pelo apoio aos seus membros na instituição dos seus negócios em Angola e na região.
"Neste particular, a câmara deve intermediar as relações no comércio bilateral, quando o assunto é exportar, importar, buscar parceiros, conseguir informações sobre o sistema tributário e estender a rede de contactos que possibilitam novos negócios", referiu, citado no comunicado.
Além disso, Amadeu Nunes disse ainda que, "no contexto actual, o Executivo angolano desenvolveu o programa de apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações, e que faz todo o sentido as câmaras de comércio envolverem empresários nacionais e estrangeiros", lê-se no comunicado.
Assim, convidou os empresários da Austrália a apostar na "economia, no comércio e na indústria".
"Por isso convidamos também os empresários australianos a investir na economia, no comércio e na indústria, sectores importantes que visam acelerar o desenvolvimento de Angola", apontou.
Este convite foi reforçado por António Luvualo de Carvalho, embaixador de Angola na Guiné Equatorial, que discursando no encerramento da conferência, fez o convite aos homens de negócios da Austrália a apostarem em Angola, considerando o imenso potencial que há nos domínios mineiro, agricultura, transportes e turismo, escreve a Angop.
Segundo a Angop, os dois países encontram-se a negociar a rubrica de instrumentos jurídicos que poderão trazer dinamismo aos laços bilaterais. De acordo com o diplomata, trata-se do acordo geral de cooperação, o Acordo de Isenção de Vistos e dos Passaportes Diplomáticos de Serviços, entre outros.
