Fonte judicial ligada à filha do antigo Presidente, Tchizé dos Santos, disse à Lusa que o juiz que analisa o processo foi muito claro na afirmação de que o corpo só será entregue a uma das partes após essa decisão, sendo que é possível que as autoridades judiciais queiram fazer novas audições à família antes de decidirem a quem entregam o corpo.
"O tribunal foi muito claro na afirmação de que quaisquer notícias que apontem para uma decisão sobre a quem será entregue o corpo são precipitadas porque o juiz ainda não tomou a decisão", disse a mesma fonte.
Questionado sobre o resultado da autópsia que foi feita durante o fim-de-semana, e cujos resultados já foram comunicados à família na Segunda-feira, o responsável escusou-se a comentar até que o juiz decida se o resultado propicia mais investigações judiciais, o que deverá acontecer ainda esta semana, afirmou.
A Lusa contactou também o tribunal de Barcelona que está a analisar o caso, mas ainda não obteve resposta.
A garantia de que José Eduardo dos Santos não foi envenenado foi dada pelo Procurador-Geral da República, que integra a delegação angolana que em Barcelona trata do processo de transladação do corpo do ex-Presidente da República para Angola, ao Jornal de Angola e à TVZimbo, ambos órgãos de comunicação social públicos, que, no entanto, não citam qualquer frase de Hélder Pitta Grós.
O ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos morreu a 8 de Julho, aos 79 anos, numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento.