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Política Morte de José Eduardo dos Santos

Tchizé dos Santos escreve nas redes sociais que “os pais nunca morrem”

Tchizé dos Santos, filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos, escreveu esta Sexta-feira nas redes sociais que “os pais nunca morrem” e “vivem para sempre” nos filhos, minutos após o anúncio da morte do pai.

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"Os pais nunca morrem porque são o amor mais verdadeiro que os filhos conhecem em toda a vida. Eles vivem para sempre dentro de nós", escreveu Tchizé dos Santos na rede social Instagram, numa mensagem acompanhada por uma colagem de fotografias antigas da família.

José Eduardo dos Santos morreu esta Sexta-feira aos 79 anos em Barcelona, após doença prolongada, anunciou a Presidência da República.

O antigo Presidente estava há duas semanas internado nos cuidados intensivos de uma clínica em Barcelona.

Neste período, a filha Tchizé dos Santos apresentou uma queixa junto da polícia da Catalunha, argumentando que o antigo chefe de Estado não estava a ter os cuidados que considerava adequados.

Segundo disse então à Lusa a advogada que representa a angolana, Carmen Varela, a queixa visava investigar alegados crimes de tentativa de homicídio, omissão do dever de assistência, ferimentos devidos a negligência grosseira e revelação de segredos por pessoas próximas".

Segundo disse também à Lusa uma fonte próxima da família, Tchizé dos Santos queria afastar Ana Paula dos Santos, ex-mulher de José Eduardo dos Santos e mãe de três dos seus filhos, e impedir que fossem desligadas as máquinas que mantinham vivo o ex-presidente.

A ex-primeira dama, que se reaproximou recentemente de José Eduardo dos Santos após alguns anos de afastamento, entrou em rota de colisão com os filhos mais velhos, nomeadamente Tchizé dos Santos, que disse publicamente que Ana Paula dos Santos "abandonou o marido" e contribuiu para acelerar a morte do pai.

José Eduardo dos Santos, 79 anos, é pai de oito filhos com cinco mulheres e esteve à frente dos destinos de Angola durante 38 anos.

Eduardo dos Santos governou Angola entre 1979 e 2017, tendo sido um dos Presidentes a ocupar por mais tempo o poder no mundo e era regularmente acusado por organizações internacionais de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o actual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.

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