Ver Angola

Transportes

Metro de Superfície de Luanda vai ter quatro linhas

O Metro de Superfície de Luanda (MSL) vai ser composto por quatro linhas: amarela, vermelha, azul e verde. A primeira a ser implementada vai ligar a Centralidade do Kilamba ao Porto de Luanda.

:

Com partida do Kilamba, a linha amarela vai ter paragens no traçado BRT, no Estádio 11 de Novembro, Sapu, Estalagem, Grafanil, Estrada de Catete, Unidade Operativa até ao Tourada. A partir desse ponto vai seguir para o Aeroporto, Prenda, Zamba 2, Nova Marginal, terminando no Porto de Luanda, escreve o Jornal de Angola.

O separador central da Avenida Fidel Castro é o sítio escolhido para acolher a linha vermelha. Com uma extensão de cerca de 60 quilómetros, esta linha vai ligar o Cacuaco a Benfica.

A linha verde, de acordo com o Jornal de Angola, vai partir de Cacuaco rumo ao Porto de Luanda.

Por fim, a linha azul terá início no Zamba 2 e irá cruzar-se com a linha amarela, passando pela Nova Marginal até Benfica.

Manuel Tavares de Almeida, ministro das Obras Públicas e Ordenamento de Território, ao falar na conferência sobre o projecto do MSL, considerou que a construção das infra-estruturas do metro vão implicar a requalificação de algumas áreas e a expropriação e realojamento de famílias da capital.

Na sua intervenção, o ministro esclareceu que "o objectivo da criação de políticas públicas de mobilidade urbana visa reduzir as desigualdades da população em relação ao direito de circulação, de ir e vir, garantindo assim a todo cidadão a forma justa e digna de acessar à cidade, de modo rápido e sem poluição".

Citado pela Angop, o ministro aproveitou ainda a ocasião para indicar que a aplicação de uma taxa de utilização das infra-estruturas usadas para o transporte (como por exemplo auto-estradas e pontes), nos sítios onde o fluxo é maior, poderá ajudar a desimpedir o tráfego na capital.

O titular da pasta das Obras Públicas e Ordenamento de Território afirmou ainda que a qualidade da mobilidade está ligada aos vários princípios de transporte, trânsito, meio ambiente e desenvolvimento urbano, admitindo que esta não se "deve restringir à execução das infra-estruturas de vias de comunicação pois os serviços, as políticas e a melhor utilização das infra-estruturas concorrem para uma melhor mobilidade urbana".

O governante defendeu que para que a mobilidade se torne viável é preciso ter em conta a preservação e conservação das infra-estruturas: "Se esta acção não for realizada com regularidade, os custos de reparação serão sempre mais altos".

Capital tem energia suficiente para suportar metro

Na conferência também foi abordada a questão da energia. De acordo com o engenheiro do Ministério da Energia e Águas, João Saraiva, citado pela Angop, o metro está a ser pensado para ter um consumo menor que 50 megawatts.

Luanda tem a necessidade mínima de consumo de cerca de 1200 megawatts de energia, contudo, é alimentada com 1400 megawatts. O responsável explicou que, feitas as contas, o consumo do metro vai oscilar entre um a dois por cento do consumo da capital.

"No período da independência, Luanda tinha apenas três subestações e um consumo energético de 60 megawatts. Actualmente conta com 70 subestações a produzirem mais de 1400 megawatts. Por isso, é necessário uma aposta na rede de transporte de energia", defendeu, acrescentado que os estudos de viabilidade do projecto vão determinar o traçado e a necessidade de energia para implementar o metro.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.