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Hospital Josina Machel remove tumores complexos com sucesso

O hospital Josina Machel tem um serviço especializado na remoção de tumores de alta complexidade. Este novo serviço funciona com uma equipa médica que já foi capaz de realizar, com sucesso, quatro cirurgias de remoção de tumores.

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Um desses casos de sucesso é o de Avelino António, que tinha um tumor na mandíbula.

Com 11 anos, Avelino viu a sua vida mudar "com o crescimento de um tumor na mandíbula que, de forma lenta, progressiva e preocupante, foi aumentado de tamanho até atingir cinco quilos, deixando-o com o resto deformado".

De acordo com uma nota publicada no site da Presidência, o jovem, que tem actualmente 27 anos e vive na província do Uíge, teve de abandonar a escola, onde frequentava a 5.ª classe e sofria de bullying.

Passados 16 anos, Avelino voltou a ter esperança. Num dos dias de consulta, o jovem foi informado sobre um serviço especializado no hospital Josina Machel para remover tumores complexos.

Segundo o comunicado, o serviço diz respeito a uma "nova área para cirurgias de maxilo-facial, uma especialidade odontológica que trata doenças de cavidade bucal, face e pescoço".

A funcionar com uma equipa médica, este serviço já concretizou, com sucesso, quatro cirurgias de remoção de tumores. No caso específico de Avelino António, vários especialistas da unidade hospitalar, incluindo os do novo serviço, "juntaram-se para remover o tumor".

Depois da cirurgia, era "possível ver uma nova imagem" de Avelino. Citado no comunicado, o jovem agradeceu e disse estar muito feliz.

"Deus operou e já estou recuperado, estou feliz", disse Avelino António.

De acordo com a nota, a cirurgia demorou cerca de quatro horas. "Realizámos a cirurgia e graças a Deus foi um sucesso", indicou o médico cirurgião e chefe dos serviços de maxilo-facial do hospital Josina Machel, Agnelo Lucamba.

Existem outros angolanos que vivem a mesma realidade de Avelino e o médico assegura que a sua equipa está pronta a aceitar todos os desafios.

"Queremos alcançar maior dimensão em termos de cirurgia. Hoje, já fazemos cirurgias que outrora eram só realizadas fora do país. Mas graças a Deus já conseguimos dar mais privilégios aos nossos irmãos, podendo realizar este tipo cirurgia cá em Angola", disse.

De acordo com Carlos Zeca, director-geral do hospital, a abertura deste novo serviço resulta "da aposta do Executivo na formação destes profissionais, a sua maioria jovens angolanos, para dar resposta aos problemas de saúde de alta complexidade no país".

O responsável adiantou que as equipas são formadas naquele hospital: "Muitos fizeram medicina neste hospital, fizeram especialidade cá e doutoramento fora do país, com a ajuda do Governo, e estão a dar resposta com o que usufruíram na sua formação", realçou.

O director-geral da unidade também deixou garantias de que o hospital tem recursos humanos suficientes para responder às preocupações dos pacientes que têm problemas ligados à área de maxilo-facial. Contudo, diz que ainda é "necessária uma maior aposta nos serviços, para que mais cirurgias sejam feitas e mais problemas de saúde sejam resolvidos".

Já Agnelo Lucamba fez saber que é preciso reforçar o equipamento tecnológico, para que seja prestado um serviço com maior qualidade.

Até chegar à operação, o paciente é diagnosticado numa consulta externa. "Posteriormente, o hospital faz todo acompanhamento, a custo zero, até a sua total recuperação", completa a nota.

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