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Código de barras poderá chegar ao país em Junho do próximo ano

A introdução do código de barras no país pode vir a tornar-se uma realidade já no próximo ano. Segundo anunciou Farid Bouhamara, coordenador nacional para a implementação do código de barras, o país deverá passar a ter o seu próprio código de barras em Junho de 2022.

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O processo de candidatura do país para aderir à Global Standard One (GS1) – o sistema de identificação e codificação de bens e serviços mais usado no mundo –, deverá ser oficializado até ao final do mês de Março de 2022, indicou.

Em declarações ao jornal Mercado, Farid Bouhamara fez ainda saber que, antes de o processo de adesão ser concluído, o processo ligado ao recenseamento de 200 empresas nacionais, imposto por Bruxelas, será concluído.

"Há uma comissão de trabalho constituída, que nesta altura está a fazer a recolha de um conjunto de empresas que sejam detentoras e utilizadoras do código de barras, no sentido de cumprirmos com aquilo que são as exigências do GS1 Bruxelas", disse, acrescentando que neste momento já se encontram registadas 88 entidades.

Ao falar à margem de uma conferência sobre "Os Caminhos da Internacionalização das Empresas Angolanas", o coordenador explicou que depois de o país enviar a sua candidatura à GS1, a entidade internacional vai analisar os documentos e ver se de facto Angola preenche todos os requisitos necessários.

"Este processo de avaliação será feito até ao mês de Maio de 2022 e acredito que até Junho do próximo ano o código de barras poderá ser uma realidade em Angola", assegurou.

Vicente Soares, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), citado pelo Mercado, sublinhou que para que as empresas nacionais marquem presença competititva no mercado internacional têm de criar algumas condições: "A organização interna, infra-estruturas, qualificação da mão de obra, recursos humanos, inovação, entre outros fazem parte do pacote de factores que as empresas têm de criar".

Admitindo que existem alguns factores que influenciam de maneira negativa o desenvolvimento das empresas e, consequentemente, a sua competitividade, Vicente Soares reconheceu que algumas reformas feitas pelo Governo, como a Lei de Investimento Privado e a Lei da Concorrência, têm ajudado a melhorar a vida das empresas.

"Temos ainda alguns problemas e reconhecemos que há de facto, por parte do Executivo angolano e dos empresários, vontade política de ultrapassá-los, tendo em vista a criação do código de barras nacional. Estamos cientes que isso leva algum tempo, mas estamos prestes a alcançar os objectivos preconizados", finalizou.

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