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Estátua de rei angolano retida em Espanha desde 2017 por dificuldades no transporte

A governadora da província do Cunene pediu esta Sexta-feira a intervenção do Presidente da República, para que assegurar o transporte da estátua do Rei Mandume-Ya-Ndemufayo, retida em Espanha, onde foi construída, desde 2017.

: Cunene
Cunene  

Gerdina Didalelwa solicitou o apoio durante a apresentação de um relatório sobre a situação da província, na reunião com uma delegação governamental chefiada pelo chefe de Estado, João Lourenço, que chegou esta Sexta-feira àquela região do sul do país, para uma visita de trabalho de dois dias.

Segundo a governadora, a estátua foi executada em Espanha e terá custado na altura 50.000 dólares, encontrando-se até agora naquele país europeu por dificuldades no seu transporte, que não especificou.

A responsabilidade do transporte da estátua é do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente de Angola, apesar de o projecto ser local, frisou Gerdina Didalelwa.

"Está lá a gastar dinheiro. No sítio onde está tem que se pagar todos os meses e o preço vai subindo enquanto não formos lá buscar", disse a governadora, acrescentando que a factura só tem aumentado.

"Quando lá formos, vamos encontrar, se calhar, um milhão de dólares, enquanto estava a custar 50 mil euros, na altura da sua construção e do seu acabamento", ironizou a governante.

O problema já tinha sido levantado em Fevereiro deste ano pelo vice-governador, Apolo Ndinoulenga.

Na altura, o responsável apontou os custos do transporte como o principal problema, salientando que as autoridades provinciais não tinham capacidade financeira para o fazer, impossibilitando a implantação da estátua na sua base, que se encontra construída há seis anos na praça de Ondjiva, capital do Cunene.

Nascido em 1892, na localidade de Embulunganga, município do Cuanhama, e filho de Ndemufayo e de Ndapona, Mandume foi o 18.º soberano da tribo Kwanhama e subiu ao trono aos 19 anos, reinando entre 1911 e 1917.

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