O anúncio foi feito pelo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, que é também coordenador da comissão multissectorial de combate e prevenção da covid-19.
Segundo o governante, numa conferência de imprensa em Luanda sobre a situação epidemiológica, o repatriamento segue critérios que têm a ver com a quantidade de cidadãos e a sua localização, as possibilidades de alojamento (para cumprir a quarentena institucional) e aspectos ligados à logística, incluindo aspetos financeiros.
Pedro Sebastião explicou que o repatriamento a partir de países vizinhos, como o Congo, República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia tem sido feito por via terrestre, enquanto fora do continente africano são usadas aeronaves da companhia de bandeira, a TAAG.
“Procuramos rentabilizar o máximo possível. É assim que amanhã [Quinta-feira] chegarão cidadãos que se encontram no Brasil, uma aeronave nossa vai cumprir uma outra missão e procuramos juntar o útil ao agradável não fazendo a aeronave regressar vazia”, indicou.
Logo que volte a haver disponibilidade para a quarentena, incluindo hotéis que foram contratados pela comissão multissectorial, além dos centros públicos, serão repatriados cidadãos de outros destinos, acrescentou.
“O próximo destino será Portugal. Como sabem temos uma comunidade à espera do regresso de cerca de 7000 cidadãos”, o que vai representar um esforço elevado em termos financeiros e de meios de transportes, adiantou.
“Estão em condições bastante difíceis, reconhecemos isto. Não imagino estar três, quatro meses fora de casa e sem recursos para sobreviver”, sublinhou o general Pedro Sebastião.
Depois disso será dada atenção a outros núcleos de angolanos que estão espalhados pela Europa e pelo mundo, como Dubai.
“A nossa intenção é que todos os cidadãos possam regressar a casa, vamos encontrar formas através das nossas missões diplomáticas e dos próprios interessados”, destacou o responsável.