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Distribuição de água em Luanda custou 35 milhões de kwanzas entre Abril e Maio

As autoridades gastaram perto de 35 milhões de kwanzas, entre Abril e Maio, para distribuírem 119 milhões de litros de água aos cidadãos em Luanda sem acesso à rede pública, devido à covid-19, disse fonte oficial.

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Os custos indirectos com a logística e aquisição de material de biossegurança para este processo na capital foram de cerca de 62 milhões de kwanzas.

A situação esteve em análise, durante a terceira sessão ordinária do Conselho Nacional de Águas (CNA) de Angola, que decorreu, em Luanda, sob presidência do vice-Presidente, Bornito de Sousa.

Num comunicado de imprensa, o CNA informou que as restantes províncias absorveram nesse período 134,6 mil metros cúbicos de água, totalizando um custo de cerca de 23,4 milhões de kwanzas.

Durante os meses de Abril e Maio, o custo de água distribuída gratuitamente, diz o Conselho Nacional de Águas foi de um total de 264.867,79 litros com custos directos de 45 milhões de kwanzas.

Diariamente, cidadãos em Luanda e noutros pontos do país reclamam pela falta de água potável para regular higienização em tempo da pandemia.

Uma proposta de constituição de gabinetes regionais de bacias hidrográficas prioritárias, nomeadamente Catumbela, Cavaco e Caporolo, Cuanza, Queve e Longa e Zambeze também foram analisados nesta sessão.

"Pretende-se, com essa proposta, fazer uma implementação faseada dos futuros gabinetes regionais de administração de bacias hidrográficas, com natureza de serviços executivos locais do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), visando uma gestão mais próxima e operacional dos recursos hídricos a nível regional", lê-se no comunicado.

Estas medidas que, segundo as autoridades, vêm estabelecidas no Plano Nacional de Águas, traduzem-se no "reforço dos sistemas de abastecimento de água, construção de barragens para fins múltiplos, bem como o asseguramento de transvazes de caudal e utilização de águas subterrâneas".

O CNA foi igualmente informado sobre os projectos estruturantes de combate à seca nas Bacias do Cunene e Cuvelai, na sequência do Despacho do Presidente, João Lourenço, de Abril de 2019, que determina a "identificação e execução de soluções estruturantes para a região sul".

O trabalho desenvolvido pelas comissões de bacias transfronteiriças, nomeadamente a Comissão Permanente das Águas da Bacia do Rio Cubango/Okavango entre Angola, Namíbia e Botsuana (OKACOM), Comissão Internacional da Bacia do Rio Cuvelai entre Angola e Namíbia, Comissão Técnica permanente Conjunta Angola/Namíbia para a Bacia do Rio Cunene, entre outras, também esteve em apreciação no encontro.

José Gomes de Andrade Ambriz foi apresentado, na ocasião, como secretário permanente do Conselho Nacional de Águas.

O Conselho Nacional de Águas é um órgão consultivo permanente do titular do poder executivo angolano para a coordenação e articulação entre diferentes sectores em matéria de planeamento, gestão e utilização de recursos hídricos.

 

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