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Ministro das Relações Exteriores diz que situação da IURD não afecta brasileiros no país

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, disse esta Segunda-feira que os cidadãos brasileiros no país devem manter-se tranquilos, como os angolanos se sentem no Brasil.

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Téte António, que esta Segunda-feira manteve um encontro com o embaixador do Brasil em Luanda, Paulino Franco de Carvalho, falava à imprensa sobre as divergências entre bispos e pastores angolanos e brasileiros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), desde o final de 2019, que se reacenderam em Junho passado, com a tomada da direcção da maioria dos templos pelos religiosos do país africano.

Segundo o chefe da diplomacia angolana, os incidentes que ocorreram estão a ser tratados em fórum próprio, ou seja, a justiça.

"Vamos deixar a justiça (trabalhar). É dentro de uma igreja, portanto, podia ser a igreja A ou B. Desta vez é esta igreja que está em questão. Vamos deixar a crise ser tratada a este nível e os aspectos que são da competência da justiça, vão ser também tratados a este nível", disse Téte António.

O ministro reforçou que "os brasileiros, como os angolanos no Brasil, sempre se sentiram em casa".

"Este é o espírito que deve continuar, sentir-se em casa, e que os incidentes de percurso num dos sectores da nossa sociedade não venham, em nada, mudar a forma como sempre tratámos os nossos amigos brasileiros", frisou.

Em Junho deste ano, bispos e pastores angolanos tomaram a direcção da IURD, por não concordarem com a gestão brasileira, a quem acusam da prática de evasão de divisas, branqueamento de capitais e racismo, bem como de vasectomia (castração química).

Em Dezembro de 2019, a Procuradoria-Geral da República angolana instaurou dois processos-crime contra a IURD, tendo como base as denúncias feitas por, pelo menos, 300 pastores angolanos.

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