Considerando que os países africanos, em particular Angola, têm um grande potencial agrícola, o ministro admitiu que ainda falta atrair o potencial tecnológico.
O titular da pasta das Relações Exteriores, que falava na abertura do 9.º encontro do Triângulo Estratégico América Latina e Caraíba, Europa e África, para dar resposta à crise global, disse, citado pela Angop, que para já é crucial que estes investidores passem a transformar os seus produtos agrícolas no continente africano.
Téte António diz ser necessário mudar o cenário actual de produtor/exportador para produtor/transformador e frisou que a ideia da zona de comércio livre em África remonta aos inícios da pretensão da criação dos Estados Unidos da África.
O comércio intra-fricano é só de 15 por cento, sendo que o objectivo é aumentar os níveis dos 19 por cento da América Latina, dos 51 por cento da Ásia, dos 54 por cento da América do Norte e dos 70 por cento na Europa, afirmou.
Avançar com essa pretensão é muito importante, admitiu, explicando que até 2050 África vai representar 26 por cento da população do mundo, onde terá um grande mercado e será constituída por uma população maioritariamente jovem.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, disse que "a vontade e a especificidade dos povos de cada país deve ser tida em conta para a resolução dos problemas económicos e sociais que aparentemente são comuns, mas com formas de resolver diferente", exemplificando as informações sobre a covid-19 dadas pelos Estados e que contrastavam com as passadas pela OMS.