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Empresário libanês que operou em Angola com ligações ao Hezbollah foi libertado pelos EUA

Um empresário libanês que operou durante anos em Angola e foi detido pelos EUA por ligações ao grupo Hezbollah chegou na Quarta-feira a Beirute depois de ter cumprido apenas um ano de prisão, noticiou a imprensa.

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Kassim Tajideen era dono em Angola da Arosfran, uma empresa de importação de bens alimentares, e abandonou o país depois de ter pendente um mandato de captura internacional por financiamento e lavagem de dinheiro para o grupo xiita Hezbollah.

O empresário veio a ser detido em Marrocos em 2017 de onde foi extraditado para os Estados Unidos, tendo sido condenado a cinco anos de prisão, após confessar a culpa perante as autoridades norte-americanas.

Segundo a agência de notícias Associated Press, um funcionário do Departamento de Estado disse que o Governo dos EUA se tinha oposto à moção de libertação de Tajideen, por motivos de saúde. Tajideen foi designado como terrorista em 2009 e os seus bens permanecem bloqueados, acrescentou o funcionário.

Não houve comentários imediatos das autoridades libanesas sobre a libertação antecipada de Tajideen.

A agência nacional de notícias do Líbano descreveu a chegada de Tajideen a Beirute, referindo que o empresário usou um pequeno jato.

Segundo o National, um jornal de língua inglesa dos Emirados Árabes Unidos, Tajideen, de 64 anos de idade, obteve a libertação devido às condições de saúde e ao medo de infecções por coronavírus na prisão.

Tajideen foi condenado por conspirar com pelo menos cinco outras pessoas para desviar mais de 50 milhões de dólares em transacções com empresas americanas, em violação das sanções a que estava sujeito pelo seu apoio ao Hezbollah.

O Tajideen deu-se como culpado em Dezembro do ano passado e concordou em entregar 50 milhões de dólares às autoridades.

Em Março, um tribunal militar libanês ordenou a libertação de um libanês-americano detido no país há quase seis meses sob a acusação de trabalhar para uma milícia apoiada por Israel, há duas décadas.

A libertação de Amer Fakhoury suscitou especulações de que, em troca, poderia ser concedida a libertação antecipada de Tajideen.

Fakhoury, 57 anos, que tinha sido acusado de homicídio e tortura há décadas no Líbano, tornou-se cidadão americano no ano passado e é agora dono de um restaurante em Dover, New Hampshire.

Separadamente, o General Kenneth McKenzie, comandante do Comando Central dos EUA, visitou o Líbano na Quarta-feira, onde se encontrou com o Presidente Michel Aoun e altos funcionários políticos e de defesa.

A Embaixada dos EUA disse que McKenzie reafirmou a Aoun a "importância de preservar a segurança, estabilidade e soberania do Líbano" e a forte parceria entre os EUA e as Forças Armadas libanesas.

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