Por outro lado, os activos da banca angolana aumentaram 11 por cento no ano passado para 14,102 biliões de kwanzas, contrastando com a queda de 10 por cento na concessão de crédito em relação a 2018.
O estudo Banca em Análise, apresentado esta Quinta-feira em Luanda, que abrangeu 26 instituições financeiras, refere que entre os cinco maiores bancos a operar em Angola o Banco Angolano de Investimento (BAI) liderou com um activo total de 2,641 biliões de kwanzas, seguindo-se o Banco de Fomento Angola (BFA), Banco de Poupança e Crédito (BPC), BIC e Atlântico.
Os cinco maiores bancos representaram cerca de 72,4 por cento do total do activo da banca angolana e registaram um aumento de 23 por cento face ao ano anterior.
Já o total de crédito líquido ascendeu a 2,648 biliões de kwanzas, o que significa uma redução de 10 por cento face a 2018.
BIC, BAI, Atlântico, BFA e Sol lideraram na concessão de crédito, indica o estudo da Deloitte.
O rácio de crédito vencido registou um aumento de 38,2 por cento, em 2019 (33,1 por cento em 2018) "muito impactado pelo BPC", salienta o documento.
O banco público angolano apresentou prejuízos recorde no ano passado e tem em curso um plano de reestruturação, a aplicar no decurso dos próximos três anos, e prevê que serão necessários 880,1 mil milhões de kwanzas para capitalizar o banco em 2020.
Segundo o estudo da Deloitte, já na sua 14.ª edição, o valor total dos depósitos de clientes no sector bancário foi de 9,796 biliões de kwanzas, o que representa um crescimento de 25 por cento face a 2018, com o BAI a liderar o volume de depósitos captados, seguido pelo BFA, BPC, ATLANTICO e BIC.