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BFA considera que sector petrolífero pode crescer ainda este ano

O gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA) afirma que as quedas no sector petrolífero deverão abrandar no segundo semestre e antevê a possibilidade de um crescimento desta actividade económica ainda este ano.

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"A nossa expectativa é de que o sector petrolífero continue a observar quebras, ainda que mais suaves, com um possível retorno ao crescimento no último trimestre do ano", lê-se numa nota sobre o relatório relativo às Contas Nacionais Trimestrais dos primeiros três meses deste ano.

A análise, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, vinca que a variação negativa de 0,4 por cento registada no primeiro trimestre "é fundamentalmente devido à diminuição do volume de produção petrolífera" e nota que, "por outro lado, a economia não-petrolífera terá tido uma performance positiva (2,9 por cento face ao homólogo), apesar da quebra no sector do Comércio, que mais contribui para o PIB além dos hidrocarbonetos".

No ano passado, segundo o INE, o PIB petrolífero registou crescimentos negativos de 7 por cento no primeiro trimestre, 9,5 por cento no segundo, 11,6 por cento no terceiro e de 9,6 por cento nos últimos três meses do ano passado, voltando a cair 6,9 por cento de Janeiro a março deste ano".

O sector não petrolífero, adiantam, "poderá manter o mesmo ritmo ou voltar a abrandar no segundo trimestre, podendo retomar algum crescimento mais significativo impulsionado pelo setor energético e pela Construção na segunda metade do ano, que deverá beneficiar do início de alguns projetos de investimento".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola reviu para melhor o crescimento negativo da economia que se verificou no ano passado, que passou de 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,2 por cento.

Foram vários os setores cujo crescimento foi revisto, mas o BFA salienta "em particular a Indústria Transformadora, que terá observado um crescimento de 4,6 por cento em 2018, ao contrário da estagnação anteriormente estimada (-0,1 por cento)".

O crescimento negativo do primeiro trimestre está em linha com as previsões dos analistas, que têm, nas últimas semanas, revisto em baixa a previsão de andamento da economia, havendo quem anteveja uma nova recessão para o conjunto do ano, como a Capital Economics e a Economist Intelligence Unit, ou uma estagnação, como a FocusEconomics.

Em Abril deste ano, o Governo reviu em baixa a estimativa de crescimento, de 3,2 por cento este ano esperados no final do ano passado, quando assinou o programa de financiamento com o Fundo Monetário Internacional, para 0,4 por cento.

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