Em entrevista ao semanário Novo Jornal e à Televisão Pública de Angola (TPA), transmitida na Sexta-feira à noite, João Lourenço considerou que o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), anunciado na Quinta-feira e que recorre a dinheiros recuperados do Fundo Soberano (2000 milhões de dólares), não vai acabar com as verbas a investir.
"[O PIIM] não é nenhuma declaração do fim do Fundo Soberano, na medida em que nós não estamos a retirar a totalidade dos recursos que o Fundo Soberano tem. O Fundo Soberano não acaba, vai manter-se", garantiu o Presidente angolano, salientando que "grande parte dos países no mundo" que o têm "não juntou valores tão altos quanto Angola".
"Podemos muito bem ter um Fundo Soberano com muito menos de 5000 milhões de dólares, mas não deixa de ser Fundo", garantiu.
Nesse sentido, João Lourenço refutou a ideia da oposição, segundo a qual o executivo arrisca colocar em causa o retorno que se esperava do investimento do Fundo caso este fosse feito em sectores estratégicos da economia e não nos municípios.
"Acho que o retorno político é bastante grande, uma vez que vai resolver muitos problemas sociais das populações. O Fundo vai ser utilizado para a construção de escolas, hospitais, postos médicos, centros de abastecimento de água, de energia, vias de comunicação, sobretudo as secundárias e terciárias", sustentou.