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Saúde

Médicos preparam caderno reivindicativo com seguro de vida nas exigências

Os médicos querem melhores condições de vida e exigem do Governo "habitação condigna, seguro de vida, melhorias das condições laborais", preocupações que constam de um caderno reivindicativo a ser entregue às autoridades, revelou fonte sindical.

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Em declarações hoje à Lusa, o presidente do Sindicato dos Médicos de Angola, Adriano Manuel, disse que o caderno reivindicativo "continua a receber contribuições" dos mais de dois mil associados, em todo o país, e deve ser entregue ao Ministério da Saúde na próxima semana.

De acordo com o líder sindical, são inúmeras as preocupações no seio da classe, nomeadamente a criação de um seguro de vida dos médicos, a sua condição social e salarial, e até questões relacionadas com as condições de trabalho, "como a falta de medicamentos".

Os médicos queixam-se ainda da falta de “material gastável, meios de diagnósticos nos hospitais primários como aparelhos de raio-X, equipamentos de laboratórios”, exemplificou.

O sindicato tem apenas seis meses de actividade e o presidente afirma ainda estar preocupado com a carência de recursos humanos nas unidades hospitalares do país, referindo que "cerca de 2.500 médicos estão fora do sistema normal de saúde, ou seja, desempregados".

Estes clínicos, alertou, "precisam com urgência de ser integrados no sistema nacional de saúde uma vez que existe exiguidade do ponto de vista de recursos humanos nos hospitais, sobretudo médicos, como enfermeiros e técnicos de laboratórios com défice em todos os hospitais".

Os médicos que se encontram no Sistema Nacional de Saúde, observou o médico pediatra, "estão cada vez mais velhos e não estão a ser substituídos”.

"Não existe, a nível do Ministério da Saúde, um projecto de formação contínua direccionada aos médicos", apontou ainda.

Segundo o sindicalista, a problemática da habitação para os profissionais da classe também consta do caderno reivindicativo: "principalmente para os médicos que se encontram a trabalhar nas zonas mais recônditas do país". Isto porque, rematou, "muitos deles não têm habitação condigna com água e luz, ainda a questão dos meios de transporte devido às longas distâncias que os mesmos percorrem".

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