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PCA da Endiama: mercado internacional “está bom” para os diamantes angolanos

O presidente do Conselho de Administração da Endiama, diamantífera estatal, disse esta Terça-feira, em Luanda, que, actualmente, "o mercado está bom, a reagir bem" devido ao aumento dos preços nos mercados internacionais.

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Ganga Júnior falava à imprensa à margem de um encontro de avaliação pelas empresas do subsector dos diamantes para analisar o segundo trimestre deste ano e perspectivas para o terceiro trimestre, tendo dado também conta de "algumas melhoras" nos volumes de produção em alguns projectos.

"Estamos neste momento com cerca de três milhões de quilates. Estamos a fazer o balanço de cada empresa individualmente e as coisas estão a correr bem, são animadoras [as perspectivas]", disse Ganga Júnior.

Relativamente ao mercado, o presidente da Endiama referiu que "está razoável", com o desafio a centrar-se actualmente no aumento da produção. "Estou convencido que o nosso desempenho vai ser melhor este ano", admitiu, sublinhando que a meta de produção para 2018 é de cerca de nove milhões de quilates.

"O mercado está bom, está a reagir. O mercado internacional também e agora compete-nos também a nós trabalharmos para o aumento dos volumes de produção", frisou.

Por sua vez, o Administrador da Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam), Fernando Amaral, referiu que a facturação neste segundo trimestre ultrapassou os 300 milhões de dólares.

A receita bruta proveniente da actividade de comercialização de diamantes, essencialmente oriunda das províncias da Lunda Sul (85 por cento) e da Lunda Norte (15 por cento), foi de 316,5 milhões de dólares, dos quais 295 (93,2 por cento) foi proveniente da actividade industrial e 21,5 milhões de dólares (6,8 por cento) da artesanal.

Durante o segundo trimestre, a Sodiam teve um volume de comercialização total de 2,3 milhões de quilates. Segundo os dados, 2,1 milhões de quilates (92,7 por cento) foram de produção industrial e 169,3 mil quilates (7,3 por cento) da produção artesanal. Do total produzido, 1,9 milhões de quilates (85,7 por cento) eram de origem kimberlítica e 330 mil de origem aluvionar.

Fernando Amaral considerou "bem melhores" os resultados comparativamente ao trimestre passado, quer em termos operacionais dos projectos quer na comercialização dos diamantes.

O preço médio total do período situou-se em 136,69 dólares por quilate, mais 12 dólares que no trimestre passado, sendo que, para a produção industrial, o preço fixou-se em 137,45 dólares e em 126,94 dólares para a artesanal.

"Tivemos um aumento de cerca de 15 por cento no que diz respeito ao valor do preço médio dos diamantes e tudo indica que a tendência até final do período em análise será de estabilidade", adiantou.

Segundo Fernando Amaral, há uma procura superior ao que era previsto dos mercados emergentes, mais propriamente da China e da Índia.

Por esta razão, disse, a demanda e a procura dos diamantes, principalmente os angolanos, têm tendência para aumentar nos próximos tempos. "Neste momento, temos uma das melhores reservas de diamantes a nível mundial e durante os últimos dois, três anos, os principais players de mercado têm estado a olhar para os nossos diamantes de forma diferente em relação aos outros, porque têm uma génese diferente e na maior parte dele são gemas", salientou.

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