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Governo lança Bolsa de Solidariedade Social para acudir a carenciados de todo o país

O Governo vai lançar na próxima semana uma Bolsa de Solidariedade Social, para acudir, com o apoio da sociedade, à população mais necessitada e responder a carências sobretudo do período de crise, foi divulgado Quinta-feira.

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O projecto, a lançar na próxima Terça-feira, foi apresentado pela directora nacional da Acção Social do Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS), Teresa Kivienguele, durante um encontro com os jornalistas, em Luanda, tendo a responsável admitido grandes carências da população, dado o momento de crise.

De acordo com a responsável, a Bolsa de Solidariedade Social, proposta pelo MINARS, é uma plataforma que está a ser promovida pelo Governo em parceria com as empresas e demais parceiros sociais.

"O primeiro objectivo é o de aumentar o domínio da protecção aos grupos mais vulneráveis, melhorar a coordenação, articulação e a orientação das ajudas. Porque nós temos estado a observar um pouco por todo país que por vezes as acções de solidariedade são direccionadas a um mesmo grupo", explicou Teresa Kivienguele.

Terminar com as discrepâncias de acções de solidariedade, que por vezes apenas se resumem à capital, é igualmente um dos propósitos desta bolsa, conforme avançou a responsável.

"A ideia é expandirmos as ajudas para as várias regiões do país, no sentido de combater a pobreza, reduzir a vulnerabilidade social em que se encontram várias famílias e reduzir igualmente as assimetrias regionais", precisou.

É também propósito da criação da Bolsa de Solidariedade Social incutir o espírito de voluntariado no seio da sociedade angolana, por si só "já bastante solidária".

Teresa Kivienguele defendeu ainda a necessidade de a sociedade aderir a esta causa solidária, a revelar em pormenor na Terça-feira, explicando que a responsabilidade social não deve ser imputada apenas ao Governo.

"A responsabilidade da protecção de pessoas vulneráveis não é só do executivo é sobretudo da sociedade, dos vários actores públicos, privados, das famílias das pessoas singulares e de quem tem um bocado e possa partilhar com quem nada tem", sublinhou.

Ajudar quem mais precisa é o lema da Bolsa de Solidariedade Social, que prevê um mecanismo de transparência para assegurar que as ajudas recolhidas possam efectivamente chegar aos seus respectivos destinatários.

"Será constituído um Comité de Honra composto por entidades de reconhecida idoneidade ética e moral que nos vão dar essa garantia do trabalho a ser realizado, com suficientes mecanismos de rigor e transparência", assegurou.

Questionada pela Lusa sobre o número real de pessoas carenciadas em todo o país, Teresa Kivienguele não avançou dados actualizados: "O Inquérito sobre o Bem-estar das Populações de 2010 apontava que 30 por cento das pessoas em Angola são pobres, um número que terá reduzido em função das acções do Governo, mas o país tem o desafio de saber o número real de pessoas carenciadas", admitiu.

Acrescentou que esta bolsa pretende ainda apoiar o funcionamento dos bancos de alimentos que funcionam em todo o país, alargando a actividade à recolha de roupa e de calçado, para posterior distribuição pela população mais carenciada.

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