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Não objecção de Angola permite ao FMI libertar apoio de 4,1 milhões à Guiné-Bissau

Angola não apresentou qualquer objecção à revisão do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Guiné-Bissau e à libertação de um apoio financeiro de 4,1 milhões de dólares, apesar de ser um dos principais credores do Estado guineense.

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De acordo com um documento governamental a que a Lusa teve acesso, a Guiné-Bissau contraiu com o Estado angolano "várias dívidas no âmbito de alguns protocolos financeiros desde 1978 que estão avaliadas em 45 milhões de dólares", tendo solicitado, entretanto, o apoio do FMI para fazer face à crise económica que atravessa.

Através de um despacho do Presidente José Eduardo dos Santos, o Governo recorda que o FMI "exige" que a Guiné-Bissau "negocie a sua dívida com os países credores", entre os quais Angola, "e que honre os seus compromissos com esses países", pelo que emitiu uma declaração de "não objecção" à aprovação da terceira revisão do programa de assistência em curso.

Para justificar esta decisão, o governo invoca o facto de a Guiné-Bissau, um dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), estar "entre os grupos de países pobres altamente endividados" e que "merece um tratamento diferenciado no capítulo das ajudas financeiras".

Esta decisão, entre outras, viabilizou a conclusão da terceira revisão do programa de apoio financeiro do FMI à Guiné-Bissau, permitindo a libertação, aprovada a 6 de Julho pelo conselho de administração daquele organismo, de mais cerca de 4,1 milhões de dólares, no âmbito do programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês).

Com esta decisão, elevam-se a 15,2 milhões de dólares o montante total já desembolsado pelo FMI neste programa de apoio à Guiné-Bissau, informou aquele organismo.

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