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Malanje já produz algodão. Japoneses vão investir e querem exportar

O país apostou na indústria têxtil. Os investimentos na reabilitação e modernização dos processos produtivos e infra-estruturas começam agora a dar resultados. Angola está de regresso ao cultivo do algodão em grande escala. Nas próximas semanas serão colhidas 242 toneladas da fibra.

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Mesmo que as quantidades sejam insuficientes para suprimir as necessidades das três unidades fabris existentes no país, marcam o relançamento de uma produção que já deu avultados frutos a Angola.

Ainda não estão colhidos os resultados deste ano, já o ministério da Agricultura pensa na próxima campanha, circunscrita às províncias de Malanje e do Kwanza Sul. O orçamento ascende aos 530 milhões de kwanzas e as previsões apontam para as 1500 toneladas, com o triplo das sementes adquiridas.

Ao programa do ministério, juntam-se investidores privados estrangeiros, como uma empresa japonesa que quer apostar no ramo, através do cultivo auxiliado por tecnologia. Um representante governamental, adiantou que os nipónicos pretendem implementar um sistema de rega gota-a-gota, numa área de 10.000 hectares, no conhecido no pólo agro-industrial de Capanda, na província de Malanje, apontando os resultados em cinco toneladas de algodão por hectare. Os japoneses prevêem assim a produção de 50.000 toneladas anuais de algodão, quantidade suficiente para transformar o nosso país de importador para exportador da principal matéria-prima para a indústria têxtil.

Esforços governamentais e privados querem reavivar o passado, mais concretamente os resultados alcançados na década de 70, quando Angola produziu pela primeira vez 86 mil toneladas de algodão, colocando-se entre os maiores produtores mundiais.

As necessidades actuais da indústria têxtil nacional ficam-se pelas 24.000 toneladas anuais. Já o programa de produção de algodão implementado pelo Ministério da Agricultura tem como meta as 100.000 toneladas anuais.

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