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Custo de produção de barril de petróleo baixou 18 por cento em 2016 para 7,62 dólares

O custo médio de produção de petróleo no país desceu 18 por cento entre 2015 e 2016, para 7,62 dólares por barril, mas a concessionária estatal Sonangol, liderada por Isabel dos Santos, admite que ainda é preciso reduzir mais.

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De acordo com informação oficial da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), o cenário internacional de redução do preço do barril de petróleo "veio reforçar a necessidade de aumentar a eficiência", pelo que a concessionária estatal refere que "tem trabalhado activamente, em conjunto com os operadores, no sentido de reduzir os custos de operação".

Um "esforço" que a Sonangol afirma já ter sido "reflectido em 2016", segundo o seu relatório e contas, apresentando esta semana, "com uma redução dos custos de operação equivalente a seis por cento face a 2015, e uma redução do custo médio de produção por barril de 18 por cento".

A Sonangol garante que o custo operacional médio ponderado da indústria petrolífera foi de 7,62 dólares por barril em 2016, excluindo os custos de abandono de produção, o que contrasta com os 9,32 dólares de 2015.

Cada barril de crude era vendido, no final de 2016, a uma cotação à volta dos 50 dólares.

No caso da associação FST, no 'onshore' do Soyo, província do Zaire, os custos de produção, segundo a Sonangol, desceram, no mesmo período, 83 por cento, passando de 131,10 dólares por barril para 22,05 dólares em 2016.

O barril de crude angolano mais barato é produzido nos blocos 'offshore' 15 e 31, a 4,73 dólares, com uma redução respectiva de 40 e 20 por cento.

"A atractividade do sector petrolífero nacional deve ser, também, assegurada pela sua eficiência e pela redução dos custos de operar em Angola. A Sonangol está fortemente comprometida com este desígnio, estando a implementar medidas e programas que vão permitir reduzir o custo de produção no país, de forma sustentada", afirma a petrolífera estatal, no seu relatório e contas.

Angola produziu 630.113.030 barris de petróleo bruto em 2016, equivalente a uma média diária de 1.721.620 barris, o que representa uma quebra de três por cento face ao total do ano anterior, justificada pela Sonangol com a paragem de produção, programada, num campo do bloco 17, durante 35 dias, com perdas estimadas de 210.000 barris por dia.

A empresa, liderada desde Junho de 2016 pela empresária Isabel dos Santos, refere que face à "ligeira recuperação da economia mundial e à manutenção da procura de petróleo", torna-se "expectável que se inicie um novo ciclo de investimento na indústria".

Contudo, essa evolução implica que "apesar das perspectivavas encorajadoras para 2017, os níveis de investimento continuarão muito abaixo dos níveis de 2014, indicando uma limitação de capital". Além disso, a "redução de investimentos" entre 2013 e 2016 "impediu a reposição de reservas dos operadores, sendo esperado um novo ciclo de investimento".

A Sonangol conclui que o "nível de risco" dos investimentos "será um critério cada vez mais importante para os operadores", que querem agora oportunidades de retorno financeiro mais rápido.

Adicionalmente, "os operadores têm demonstrado preocupação com os regimes fiscais dos países produtores", sendo que alguns países, nomeadamente Reino Unido, Brasil e Índia, alerta a concessionária estatal angolana, "já tomaram medidas para tornar a produção mais rentável e atrair investimento".

"Para os países produtores isto significa que para se manterem competitivos e atractivos ao investimento devem reanalisar a sua oferta fiscal e ponderar novos incentivos comerciais", exorta a Sonangol.

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