Em declarações à agência Lusa, em Luanda, a propósito dos dois anos sobre a integração da CPLP, processo em que Angola foi um dos apoiantes, o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, admitiu contudo que a introdução, na prática, do português como língua portuguesa na Guiné Equatorial, ainda está por concretizar.
"A Guiné Equatorial aderiu à língua portuguesa ou adoptou a língua portuguesa como segunda língua oficial no seu país, tem estado a criar instituições para assumir de facto o português e acho deve ser encorajada. Angola apoiou esta candidatura porque antes de mais é necessário alguma cooperação política entre países que são próximos", reconheceu o ministro.
Georges Chikoti acrescentou que a Guiné Equatorial, antiga colónia espanhola em África, está de "algum modo isolado" no golfo da Guiné e que "se sente próxima dos países de expressão portuguesa", justificando desta forma o reiterado apoio à adesão à CPLP.
Neste campo, a Guiné Equatorial pretende reforçar as relações com Angola através, nomeadamente, do apoio ao ensino da língua portuguesa naquele país, conforme anunciou a 20 de Maio, o seu embaixador em Luanda, após ter sido recebido em audiência pelo vice-Presidente, Manuel Vicente.
À saída do encontro, José Esono Micha Akeny recordou que os dois países já possuem intercâmbios entre universidades públicas, e acordos ao nível das pescas colaboração que pretendem alargar.
“Agora temos de desenhar um novo marco para o ensino da língua portuguesa. Para nós é uma língua nova, a população tem de aprender", admitiu o embaixador da Guiné Equatorial”.
"Estamos a ver também o apoio institucional. Para estarmos plenamente na CPLP contamos com a ajuda dos países irmãos, entre eles Angola, nos diversos sectores. Para acomodar a Guiné Equatorial ao ritmo e à maneira de trabalhar das instituições dos países membros da CPLP", disse na altura o diplomata.