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Buraco das contas públicas foi de 400 milhões de dólares no primeiro trimestre

As contas públicas apresentaram um buraco de 400 milhões de dólares nos três primeiros meses do ano, com receitas fiscais em forte quebra face ao orçamentado, período em que o barril de crude rondou 30 dólares.

Paulo Cunha:

Os números constam do relatório sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) no primeiro trimestre de 2016, hoje divulgado e aprovado Quarta-feira pelas comissões parlamentares de Economia e Finanças, que assim segue para discussão e votação final global em plenário da Assembleia Nacional no dia 21 de Julho.

Na apresentação do documento aos deputados angolanos, o secretário de Estado do Orçamento, Alcides Safeca, referiu que entre Janeiro e Março de 2016 foram arrecadadas receitas no valor de 674.858 milhões de kwanzas, o que corresponde a apenas 10 por cento do previsto para todo o ano.

O OGE angolano previa para este ano a exportação de petróleo a um preço médio de 45 dólares por barril, mas no primeiro trimestre essas vendas chegaram aos 30 dólares, afectando a arrecadação de receitas fiscais. Por esse motivo, o Governo angolano anunciou esta semana uma revisão em baixa, para 41 dólares, da média esperada para a venda de cada barril de petróleo.

Já as despesas ascenderam a 741.060 milhões de kwanzas, representando 12 por cento das despesas previstas para todo o ano executadas nos primeiros três meses. Globalmente, disse ainda Alcides Safeca, as contas públicas do primeiro trimestre apresentaram um buraco equivalente a 66.202 milhões de kwanzas.

Além disso, este cenário orçamental, apontou o secretário de Estado, obrigou o Governo a utilizar "o instrumento legal de cativação de despesas", travando investimentos e transferências.

O aumento das receitas tributárias não petrolíferas, o aperfeiçoamento do desempenho do sector diamantífero, também para aumentar as receitas tributárias, o incremento da produção nacional, com financiamento aos projectos dos empresários angolanos "que possam contribuir para a diminuição das importações e fomentar as exportações", são algumas das recomendações dos deputados ao Governo Executivo, no relatório de balanço da execução do OGE.

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