De acordo com o Rede Angola, as empresas que exploram petróleo na Nigéria apelam cada vez mais à cláusula de contrato chamada de force majeure (força maior) que permite o atraso na entrega ou o cancelamento do contrato. Perante essa situação, os principais compradores procuram alternativas mais confiáveis, como Angola.
A Nigéria tem enfrentado problemas de interrupção de produção devido a, principalmente, questões de segurança relacionadas com ataques dos denominados Vingadores do Delta do Níger, grupo que tem como alvo justamente a indústria petrolífera.
Empresas como a indiana IOC e a indonésia Pertamina passaram a comprar petróleo em Angola em vez de na Nigéria. “Os operadores querem uma produção estável, e a produção de Angola é em geral muito confiável. Não há temores de que as operadoras apelem à cláusula de force majeure“, afirma Ehsan Ul-Haq, da consultora especializada KBC, citado pelo Today.
Além dos ataques terroristas, problemas técnicos e acidentes também têm causado interrupções. O petróleo comprado pela IOC a Angola, por exemplo, deveria ter sido adquirido na Nigéria, mas um acidente grave no terminal petrolífero de Qua Iboa interrompeu boa parte das exportações nigerianas.